A construção da leitura e da escrita infantil e a pratica do estágio supervisionado
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2015-08-14Metadatos
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Esta dissertação de Mestrado se insere na linha de pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-graduação, Mestrado em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Temos como objetivo geral desta pesquisa compreender as concepções dos acadêmicos do curso de Pedagogia da UFSM, noturno e diurno, sobre a leitura e a escrita infantil e como essas permeiam as práticas no estágio supervisionado. Para tanto, partimos dos pressupostos teóricos que contemplam estudos de Nóvoa (2009), Imbernón (2009, 2011) e Vaillant e Marcelo Garcia (1999, 2012), Pimenta e Lima (2011), Pimenta (2010), Ferreiro (1987, 2011a, b, c, 2012, 2013), Ferreiro e Teberosky (1999), Teberosky (1987), Morais (2004, 2005), Mortatti (2004, 2006) entre outros. A investigação foi realizada a partir de uma abordagem qualitativa, de cunho sociocultural baseando-nos nos estudos de Minayo (1992, 2009), Freitas (2002), Bolzan (2002), Conelly e Clandinin (1995), Vygotski (2007). Para a coleta de dados, realizamos entrevistas narrativas com seis acadêmicas matriculadas nas disciplinas de Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia, diurno e noturno, da UFSM, assim como a análise de relatórios, artigos e planejamentos referentes ao estágio. A análise foi realizada a partir de recorrências narrativas que nos indicaram a duas categorias de análise: aprendizagem docente e processos formativos. Deste modo, foi possível reconhecermos as trajetórias das estudantes em formação inicial, identificando as concepções sobre o aprender a ser professor e as relações entre as situações vividas e as construções teóricas sobre a leitura e a escrita. Assim, compreendemos que a formação inicial precisa estar organizada de maneira a promover vivências formativas voltadas a áreas de atuação profissional; há necessidade de efetuar mecanismos que favoreçam a tomada de consciência sobre a dimensão autoformativa; a aprendizagem docente caracteriza-se por contradições que permitem ao estudante avançar na construção do conhecimento; as vivências formativas extracurriculares sobressaíram-se, pois foram concebidas como oportunidade de conhecer o contexto de possível atuação profissional e favorecer a relação entre a teoria e a prática; a prática por si se esvazia, é necessário que a reflexão sobre a prática e na pratica seja incorporada no cotidiano pedagógico; e, por fim, evidenciamos que as concepções sobre a construção da leitura e da escrita infantil, das acadêmicas participantes deste estudo, estão em processo de elaboração. Portanto, entendemos que a aprendizagem de ser professor na formação inicial tem sua base nos processos formativos vão se constituindo na tessitura das relações que o acadêmico vai estabelecendo durante o seu percurso e as vivências em diferentes espaços. Assim, as concepções dos acadêmicos sobre a leitura e a escrita vão se construindo a partir de um conjunto de experiências vivenciadas ao longo da trajetória formativa.