Relação entre má oclusão e hábitos orais em respiradores orais
Abstract
O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre má oclusão e hábitos orais
deletérios em um grupo de respiradores orais. Este estudo foi realizado através da
análise de dados dos prontuários de 41 crianças, com idades entre 7 e 12 anos,
sendo 21 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, todas respiradoras orais. As
informações coletadas foram organizadas em um Banco de Dados no programa
Excel, considerando-se as variáveis: idade, sexo, presença e tipo de hábito oral, e
presença e tipo de má oclusão. Os resultados obtidos demonstraram que, todas as
crianças apresentavam algum tipo de má oclusão, com predomínio de classe II de
Angle, e sobressaliência acentuada; entre os hábitos, o mais incidente foi o de
colocação de objetos na boca, embora todas as crianças tenham apresentado um,
ou mais hábitos deletérios; no cruzamento das variáveis, a única relação
estatisticamente significante encontrada foi entre o hábito de lambedura de lábios e
sobressaliência acentuada. Pôde-se concluir que, nessa amostra, a presença de
hábitos deletérios não foi determinante para a instalação das más oclusões, que a
respiração oral pode ter desencadeado as más oclusões nesse grupo e que, a
associação dos hábitos deletérios com a respiração oral, pode ter agido como fator
agravante para a instalação, ou desenvolvimento das más oclusões nessas crianças.
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