A cascata de Xangô e os sujeitos de matriz africana: geografizando sentidos e espacialidades no município de Alvorada-RS
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Data
2021-04-12Primeiro membro da banca
Gil Filho, Sylvio Fausto
Segundo membro da banca
Santos, Julio Ricardo Quevedo dos
Terceiro membro da banca
Faria, Rivaldo Mauro
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A pesquisa apresenta uma reflexão sobre os processos de espacialização a partir da
construção dos sujeitos de matriz africana frequentadores da Cascata de Xangô na
cidade de Alvorada, Rio Grande do Sul. O objetivo principal é o de investigar a
existência de espacialidades produzidas por sujeitos adeptos da Cosmopercepção
Africana a partir da sua relação com a Cascata e a influência desta enquanto espaço
sagrado e de resistência. Partindo desta premissa, analisamos a Cosmopercepção
Africana enquanto edificadora de uma Geografia universal das coisas e dos sentidos.
A pesquisa tem como metodologia a fenomenologia a partir do arranjo conceitual da
Geografia da Religião na perspectiva da conformação simbólica. Da relação dos
sujeitos religiosos com o espaço se edifica o conceito de espaço sagrado, disto geramse
expressões da vida social, compõem-se comportamentos, vivências,
temporalidades e ações cotidianas que compõem possibilidades de análise geográfica
no município de Alvorada. Um dos conceitos fundantes da cultura de Matriz Africana
é justamente a oralidade, sendo assim, a coleta de narrativas mais do que um
procedimento metodológico se consubstancia numa aproximação com os princípios
edificadores das relações de sujeitos e suas percepções e representações de mundo.
O espaço vivenciado conhecido através das narrativas nos leva a experiência
espacial destes grupos e a sua elevada consciência simbólica. A partir do encontro
existencial na Cascata de Xangô e dos relatos destes sujeitos podemos construir
pontes entre a percepção de Matriz Africana e a fenomenologia de Cassirer através
da sua Teoria das Formas Simbólicas. Também possibilitou o conhecimento da
influência desta percepção em termos de produção de espacialidades no município
de Alvorada. E, por fim, o entendimento do papel central do sujeito na
relação\constituição do espaço geográfico a partir da mediação das Formas
Simbólicas.
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