Memória e conflitos: um estudo das contradições na edificação do passado santo-angelense
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Data
2023-12-15Primeiro membro da banca
Sandalowski, Mari Cleise
Segundo membro da banca
Ferreira, Letícia de Faria
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Que a memória e os princípios legais se digladiam no campo da patrimonialização, fica nítido
pela observação fugaz da cena patrimonial de qualquer localidade. Mas, se o patrimônio
histórico edificado é, como reivindicam os autos legais, qualquer edificação classificada como
de importância significativa por algum braço do Estado; se é assim, por quê um município
como Santo Ângelo/RS (Brasil), que possui afirmações legislativas em todos os níveis
patrimoniais – local, estadual, nacional e internacional- têm dificuldades em garantir a
preservação de bens tombados? O que torna um bem memorável, porque e para quem? A fim
de compreender as contradições da cena patrimonial, as disputas pela memória organizada e
pela identidade missioneira, proponho um estudo documental, das querelas patrimoniais no
município de Santo Ângelo. Isto, porque o local é ideal para essa pesquisa, seu porte médio
facilita a identificação dos conflitos entre a história da vida narrada e a memória específica
fruto do trabalho de enquadramento da memória empenhado em razão do reconhecimento da
localidade enquanto patrimônio pelas autoridades. Aqui questiono, o que possibilita a
compreensão da legitimidade das afirmações legislativas patrimoniais na prática? Se e por
quem essas nomeações são reconhecidas? De quem são interesse? Há sem dúvida uma
racionalidade latente que orienta as disputas públicas dos agentes contrários ou favoráveis a
patrimonialização, é propósito desta pesquisa identificar as raízes destas contradições e por
conseguinte das disputas pelo que deve ser considerado memorável ou não no município.
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