Inclusão digital na educação infantil: culturas infantis nas culturas contemporâneas
Resumo
O avanço tecnológico dos últimos anos tem provocado uma profunda inquietação social referente à inclusão da cultura digital. Neste sentido, a escola, enquanto promotora social do desenvolvimento humano, não poderá negar sua legitimidade na inserção da cultura digital ao fazer pedagógico a fim de proporcionar uma educação contemporânea de qualidade capaz de socializar e humanizar o sujeito no sentido de favorecer o pleno desenvolvimento do educando (LDB 9.394/96). Ligado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), vinculado à Linha de Pesquisa Práticas Escolares e Políticas Públicas (LP2) e ao Grupo de Investigação e Estudos Contemporâneos em Educação e Infância (GIECEI), o presente estudo busca subsídios para o desenvolvimento da Pesquisa de Mestrado “Inclusão Digital na Educação Infantil: Culturas infantis nas Culturas contemporâneas”. Apresenta como tema central de análise a educação para a infância numa abordagem sociocultural contemporânea com ênfase na inclusão digital, objetivando compreender como as crianças em idade pré-escolar interagem com as culturas digitais contemporâneas na educação infantil. De cunho exploratório, esta pesquisa, configura-se enquanto estudo de caso, instrumentalizada através de entrevistas semiestruturadas, além de observações e intervenções com um grupo de crianças em idade pré-escolar matriculadas no Centro Municipal de Educação Infantil Formiguinha, localizado no município de Formigueiro/RS. Embasada teoricamente nos estudos políticos e filosóficos de Arendt (2005; 2009), na legislação educacional brasileira e nas políticas públicas para a inclusão digital, bem como, nas proposições acerca da educação e tecnologia (BRITO, 2008; KENSKI, 2007; PAPERT, 1993 e TARJA, 2001), e em Chauí (2006), Candau (2002), Cohn (2005), Kramer (2007), Barbosa (2000; 2007; 2014) e Corsaro (2011), buscou-se reconstruir o conceito de cultura infantil. Finalmente, observar e intervir junto ao grupo de crianças propiciou entender que elas mesmas, a partir da reprodução interpretativa de cultura que elaboram, considerando as características próprias da infância, desafiam-se na interação com os equipamentos tecnológicos, reconstruindo assim, suas próprias percepções acerca da cultura infantil e da cultura contemporânea.
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