Possibilidades de acompanhamento pedagógico de professores iniciantes frente aos desafios do trabalho em um instituto federal de educação, ciência e tecnologia
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2017-07-11Metadatos
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Esta pesquisa, desenvolvida no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão Educacional da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, no período de 2015 a 2017, tem como foco o acompanhamento pedagógico (ACP) de professores iniciantes em um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Como objetivo, buscamos compreender as possibilidades para o acompanhamento, pelo Setor de Apoio Pedagógico, do trabalho de professores iniciantes no IFFar - Campus Panambi, para assim, sinalizarmos diretrizes que poderão orientar o acolhimento desses professores, no caso, o produto da pesquisa. O problema de pesquisa constitui-se da seguinte indagação: De que maneira as demandas evidenciadas no trabalho de professores iniciantes no Instituto Federal Farroupilha - Campus Panambi podem orientar as ações de trabalho do Setor de Apoio Pedagógico (SAP) dessa instituição? Para conseguirmos responder a esse problema, nos guiamos por três questões: 1) Como se caracteriza o trabalho dos professores iniciantes no Instituto Federal Farroupilha - Campus Panambi? 2) Como se caracteriza o trabalho de acompanhamento pedagógico realizado pelos profissionais que compõem o Setor de Apoio Pedagógico (SAP) do IFFar - Campus Panambi? 3) Que demandas são pertinentes ao Setor de Apoio Pedagógico na orientação de professores que iniciam no Instituto Federal Farroupilha - Campus Panambi? A metodologia utilizada foi embasada na pesquisa pedagógica (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008), com abordagem qualitativa (GATTI; ANDRÉ, 2010 e GHEDIN; FRANCO, 2011), sendo a análise fundamentada no processo de categorização temática ancorada na Teoria Fundamentada (CHARMAZ, 2009). Como instrumentos de coleta de informações, utilizamos entrevistas individuais (MINAYO, 2006) e grupos focais (BARBOUR, 2009 e ZAMBON, 2015). Para fundamentar os aportes teórico-conceituais e teórico-práticos abordados no trabalho, usamos como referências Canário (2006) e Santos (2011), para enfatizar os atuais desafios postos à escola contemporânea; Tardif; Lessard (2005) e a concepção de trabalho docente; Garcia (2009), Huberman (2000), Tardif (2002) e Imbernón (1998) e a definição de professor iniciante; Placco; Almeida e Souza (2011), para abordar o papel e a importância do Coordenador Pedagógico para o cotidiano escolar; Pacheco (2011), para enfatizar sobre a instituição e afirmação dos IFs no país, entre outros. Nas conclusões, sistematizamos as informações coletadas e apresentamos algumas construções. Nesse sentido, verificamos que o trabalho docente possui características, algumas mais duradouras e outras esporádicas, decorrentes da estrutura didático-pedagógica e organizacional do campus, da mesma forma que fatores alheios à Instituição e à docência, como aspectos pessoais e profissionais influenciam e integram o trabalho docente. Constatamos, também, que os professores não consideram o trânsito pelos diferentes níveis e modalidades de ensino como um problema de ordem prática e epistemológica; ao contrário, consideram um desafio que os leva a construir e compartilhar conhecimentos com públicos de diferentes idades, particularidades e interesses. Verificamos, ainda, que da mesma forma que não há algo sistematizado em prol de ações com vistas à qualificação do corpo docente no Campus Panambi, também não há algo sistematizado em prol da acolhida dos professores que iniciam no campus. Diante disso, observa-se uma lacuna no trabalho desse contexto, pois o fato de o campus não ter uma proposta de formação, deixa a cargo de cada um elaborar sua própria trajetória formativa, agravando-se na medida em que a cultura local se torna a principal referência aos professores quando se inserem no campus e passam a realizar suas práticas. Diante do referido quadro, evidenciamos outra lacuna relativa ao trabalho do SAP, uma vez que os TAEs empregam a maioria do seu tempo em atividades de rotina e burocráticas. Ou seja, existe um Setor específico para questões de ordem pedagógicas, mas o que menos se realizam são ações dessa natureza, o que contribui para que o trabalho do Setor venha sendo entendido como um trabalho meramente operacional, de organização da rotina acadêmica, institucional e de atendimento às demandas administrativas. Por fim, concluímos que, pela conjuntura apresentada, há ainda um longo caminho a ser percorrido pelo SAP a fim de constituir-se como um setor fundamentalmente de apoio pedagógico. Contudo, cercar um leque de necessidades e demandas apresentadas pelos professores, além de nos possibilitar constituir, enquanto grupo do Setor Pedagógico, algumas diretrizes com vistas a minimizar os desafios dos professores (produto da pesquisa), nos permite uma possibilidade de atuação e redimensionamento de nossas ações.
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