O brincar na escola: manifestações e perspectivas culturais
Resumo
Ao observar que o brincar na escola se resumia em uma repetição de brincadeiras
ou era realizado livremente, sem qualquer intervenção pedagógica, despertou-se
em nós o interesse de investigar as perspectivas pedagógicas contidas nas
diferentes formas culturais com que o brincar se manifesta nas práticas educativas
em uma instituição de ensino da Rede Estadual do Município de São Pedro do
Sul. Fundamentamo-nos nos seguintes autores: Leontiev (1988), Vigotsky (1988),
Brougére (1994), que falam sobre o brincar; Ayalla (1995), Brandão(1985),
Fávero (1983), que tratam da cultural; Paulo Freire, que fala do papel da
educação; Trebells (1992), sobre o “se movimentar”; e em Adorno (1995),quando
trabalha com a emancipação. Os participantes foram os professores da Educação
Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental da escola escolhida, tendo
sido realizadas entrevistas individuais e entrevistas coletivas (Grupo de
Discussão). Este último teve por objetivo construir estratégias para a
transformação da forma com que o brincar se encontrava nas práticas educativas.
Concluímos que os professores parecem não reconhecer qual o seu papel no
brincar. O brincar que predomina é o brincar livre, tanto nos recreios como nos
momentos denominados: aulas de Educação Física. Já na sala de aula, o brincar
demonstrou ter a função de auxiliar a aprendizagem de algum conteúdo, mas os
professores também não conseguem sistematizar qual seria a importância do
brincar para a criança. A partir dos Grupos de Discussão, foi possível constatar
uma sensível ampliação no entendimento destes da importância para o brincar e
construir estratégias, entre elas: proporcionar situações de brincar integrando as
crianças, a família e a escola; e a implementação do “recreio dirigido”.
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