Cultura e currículo como fio de leitura da reformulação curricular do curso de pedagogia diurno da UFSM
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2019-10-30Metadatos
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Estes escritos representam a conjuntura da pesquisa de mestrado em Educação (PPGE/UFSM), junto aos grupos Gestar/CNPq e Rizoma/CNPq. Diante de discursos voltados para as múltiplas identidades, das constantes lutas dos movimentos sociais e culturais por direitos humanos para todos/as, e do poder inscrito em todas as facetas do processo educativo, produz-se uma analítica estabelecendo relações entre a cultura e a formação inicial do/a pedagogo/a, na medida em que a cultura é concebida como campo de luta em torno da significação social e cultural das identidades. Ao reflexionar as relações de poder na produção das identidades e das diferenças, partiu-se da seguinte problemática: Como se produzem relações entre os discursos de cultura e a formação inicial de pedagogos/as diante do processo de reformulação curricular do Curso de Pedagogia diurno da Universidade Federal de Santa Maria? Para tanto, delineou-se por objetivo geral analisar como se produzem relações entre os discursos de cultura e a formação inicial de pedagogos/as a partir do processo de reformulação curricular do Curso de Pedagogia diurno da UFSM. E por objetivos específicos: (i) compreender os movimentos históricos, políticos, sociais, culturais e educacionais que permeiam a formação de pedagogos/as no Brasil; (ii) reconhecer nas políticas educacionais as principais orientações e normatizações curriculares vinculadas a cultura na formação de professores/as; (iii) problematizar questões alusivas à vinculação entre cultura e educação nos percursos formativos de pedagogos/as; (iv) reconhecer no processo de reformulação curricular do curso de pedagogia diurno da UFSM como a cultura articulou-se aos percursos formativos dos/as futuros/as professores/as. Assim, essa escrita discorre no campo de teorização da produção curricular, inclinando-se ao caminho metodológico inspirado na prática discursiva a partir de Orlandi (2015). Diante de contextos emergentes, de comissões e organizações que disputam sentidos de educação, cultura, currículo, saberes e conhecimentos, desafios e possibilidades se apresentam para a organização/produção curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia, e, consequentemente, para os processos educativos na Educação Básica e Superior. Nesse cenário, passou-se a reconhecer a formação docente como um espaço privilegiado para fomentar questionamentos sobre “realidade”, “verdadeiro-falso”, “conhecimentos válidos”, já que essas construções de sentidos estão imbricadas na produção de significados para o processo identitário do/a educador/a e do/a educando/a. Com isso, espera-se que a formação dos/as pedagogos/as esteja pautada no compromisso ético, político, social e cultural, mediante processos de significações de culturas e territórios de democratização em que a diferença seja reconhecida, e assim, valores fixos, estáveis e herdados da cultura ocidental eurocêntrica possam ser colocados em suspensão.
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