Formação e violência como fragmentos de memórias da docência
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Fecha
2019-12-16Primeiro membro da banca
Oliveira, Valeska Maria Fortes de
Segundo membro da banca
Dalbosco, Cláudio Almir
Terceiro membro da banca
Zanella, Diego Carlos
Quarto membro da banca
Cunha, Jorge Luiz da
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho de tese foi desenvolvido dentro da Linha de pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional (LP1), do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria-RS. A investigação consistiu, centralmente, em esclarecer e dimensionar o “peso” e o significado que a violência assume na formação humana, em especial na formação de professores. Para tanto, seguimos os estudos de Walter Benjamin, balizando a pesquisa proeminentemente pelas contribuições do texto Para a Crítica da Violência, a partir do qual é possível compreender que a forma com que mais frequentemente nos deparamos com a violência, é violência mítica ou do direito, cuja expressão mais constante é dada pelo Estado em sua tarefa de controle. Em contrapartida, ainda na perspectiva benjaminiana, a violência divina tem o papel de expurgar toda a violência produzida pelo direito, manifestando-se em ações engajadas de reivindicação para a mudança das situações de injustiças. Nessa direção, ela tem, potencialmente, uma referência na esfera da educação, pela ação do pensamento crítico, expresso em movimentos mediadores através da instância da linguagem. Assim sendo, nos propomos perquirir empiricamente as implicações das diferentes manifestações e experiências de violência presentes na memória dos docentes. Nessas condições, nossas questões basilares estão enunciadas nos seguintes termos: Como as narrativas emanadas pelos professores (por meio da rememoração) compreendidas e organizadas na perspectiva metodológica do Mosaico Medieval, poderão oferecer possibilidades para a compreensão da complexa relação entre violência e formação? Quais memórias o professor (a) tem da violência no espaço escolar da sua experiência de aluno (a), e como essa questão, em alguma medida, se relaciona com o “ser docente”? Isso significa pensar a formação de professores a partir da importância que a categoria da violência exerce, pela via da memória, na trajetória da formação humana marcada pelo seu percurso escolarizante. Nesse sentido, este trabalho de tese acrescenta contribuições específicas ao campo da formação de professores pelo viés da filosofia da educação. Assim, defendemos a tese de que a formação do ser docente na sua inextrincável relação com a memória formativa é constituída pela violência; cabendo, portanto, a rememoração e o autoesclarecimento crítico desse processo – aliado à bases psicanalíticas – estabelecerem-se como pilares para a formação e atuação docente na instância da não-violência.
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