Microencapsulação de culturas probióticas por spray drying utilizando diferentes agentes encapsulantes
Visualizar/ Abrir
Data
2018-04-27Primeiro coorientador
Silva, Cristiane de Bona da
Primeiro membro da banca
Colpo, Elisângela
Segundo membro da banca
Storck, Cátia Regina
Terceiro membro da banca
Silva, Pablo Teixeira da
Quarto membro da banca
Ballus, Cristiano Augusto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os produtos funcionais têm desempenhado um papel importante na indústria de alimentos por apresentarem propriedades benéficas a saúde dos consumidores. Neste contexto, encontram-se as bactérias probióticas, que devido aos seus inúmeros benefícios, vêm recebendo destaque e hoje compreendem aproximadamente 65% do mercado mundial de alimentos funcionais. No entanto, apesar da aplicação destes microrganismos na indústria de alimentos, a manutenção da sua viabilidade ainda é bastante discutida e estudada, visto que os probióticos apresentam elevada sensibilidade a fatores ambientais e também na passagem pelo trato gastrointestinal. Desse modo, a microencapsulação apresenta-se como um método promissor para fornecer revestimento adequado para esses microrganismos a fim de que possam se manter viáveis e alcançar seu local de ação em quantidades adequadas. Neste trabalho, diferentes matrizes encapsulantes foram estudadas para o processo de microencapsulação por spray drying com o objetivo de conferir maior proteção para Lactobacillus acidophilus La-5 e Bifidobacterium Bb-12 buscando alcançar altas taxas de sobrevivência e maior eficiência de encapsulação (EE%). Primeiramente, formulações compostas por maltodextrina e goma arábica com Lactobacillus acidophilus La-5 (ML) e Bifidobacterium BB-12 (MB) foram submetidas a secagem em diferentes condições de temperaturas de entrada de ar no spray dryer. A temperatura de entrada de 130 °C foi escolhida por fornecer micropartículas com maior viabilidade, menor atividade de água e umidade para ambos microrganismos microencapsulados. Após, foram produzidas as micropartículas de Lactobacillus acidophilus La-5 e Bifidobacterium Bb-12 com as diferentes matrizes encapsulantes avaliadas, sendo elas: inulina (MS2), hi-maize (MS3) e trealose (MS4) e a amostra controle (MS1). As diferentes micropartículas (MS1, MS2, MS3 e MS4) foram avaliadas com relação a sua resistência a tratamentos térmicos, as condições gastrointestinais simuladas e a diferentes condições de armazenamento. A morfologia e o tamanho médio das diferentes partículas também foram determinados. Para Lactobacillus acidophilus La-5 hi-maize (94,26%) e inulina (93,12%) foram as matrizes encapsulantes que apresentaram a maior eficiência de encapsulação. Logo, para Bifidobacterium Bb-12 hi-maize (95,24%) e trealose (90,10%) conferiram maior eficiência de encapsulação. O tamanho médio das micropartículas variou de 6.68 a 20.9 μm e a morfologia mostrou que as mesmas se apresentaram em forma esférica e com presença de concavidades. Na avaliação da resistência a tratamentos térmicos, simulação gastrointestinal e nas condições de armazenamento as matrizes encapsulantes hi-maize e trealose foram as que demostram maior potencial de proteção para ambos microrganismos estudados. Por fim, os resultados deste estudo mostraram que a utilização de hi-maize e trealose melhorou a viabilidade e consequentemente a sobrevivência de Lactobacillus acidophilus La-5 e Bifidobacterium Bb-12 demostrando que estas matrizes encapsulantes apresentaram elevado potencial termoprotetor para as culturas probióticas microencapsuladas em spray dryer.
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: