Análise dos aspectos econômicos da avicultura mundial, brasileira e das condições socioprodutivas da agroindústria na região oeste de Santa Catarina
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Data
2020-12-14Primeiro coorientador
Miritz, Luciane Dittgen
Primeiro membro da banca
Giotto, Enio
Segundo membro da banca
Mattos, Carlos André Corrêa de
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Mostrar registro completoResumo
O comércio internacional e a organização das agroindústrias de alimentos, principalmente na
cadeia de valor global do frango de corte, vem sofrendo mudanças significativas. Isso
desencadeia uma reação em massa em todos os setores, desde antes da porteira, dentro e após
a porteira. Atualmente, sendo o Brasil o 3º maior produtor, 4º maior consumidor e o maior
exportador mundial de carne de frango e Santa Catarina o estado com a segunda maior produção
e exportação do país, tendo em seu território um grande número de agroindústrias voltadas para
o mercado exterior, objetivou-se analisar aspectos socioeconômicos do agronegócio do frango
de corte do oeste catarinense, no mercado nacional e em mercados globais. Com isso,
determinar as similaridades entre os países por uma análise de cluster pelas variáveis produção,
exportação, importação e consumo doméstico, do ano de 2019, definindo o Market Share dos
que apresentaram maior representatividade, permitindo, pelo cálculo da taxa de crescimento
geométrico, fazer previsões de cenários futuros de curto (5 anos) e médio (10 anos) prazos. Esta
lógica de análise se repetiu para os estados brasileiros e para os municípios de Santa Catarina.
Além disso, com uma pesquisa de campo, identificou-se o perfil dos produtores de frango de
corte e a contribuição da avicultura integrada para a geração de emprego e renda na região oeste
de Santa Catarina. Como resultado, a variável produção foi quem mais contribuiu para
formação dos clusters dos países/estados/municípios, mostrando, no cenário mundial de médio
prazo, um deslocamento dos principais países produtores e exportadores para o leste Europeu,
Eurásia e Oriente Médio, com países da Ásia sendo os maiores importadores de carne de frango.
A hegemonia dos EUA e do Brasil não será ameaçada, visto o distanciamento dos demais países
pela quantidade produzida. No Brasil, mantendo-se as condições atuais, a tendência é de que o
Paraná continuará sendo o maior produtor e exportador, e Santa Catarina aumentará
expressivamente suas exportações, com os municípios do oeste catarinense contribuindo ainda
mais para este cenário. Também, a pesquisa mostrou que os pequenos produtores são a base da
cadeia de valor global do oeste de Santa Catarina, especificamente da microrregião de Chapecó,
possuem idade avançada (49 anos em média), com uma alta representatividade de sua renda
provinda da avicultura (média de 55%), aviários bem tecnificados, excelentes índices de
desempenho dos lotes produzidos, tendo a policultura como meio de subsistência na sua
propriedade, pois os financiamentos não permitem que os mesmos sobrevivam apenas com a
monocultura do frango de corte. Por fim, diz respeito ao produtor sentir-se valorizado pela
agroindústria, reconhece a importância dela para melhoria da sua renda e também do auxílio
técnico. Porém, mostra-se preocupante o cenário da avicultura na região, visto que os filhos que
ficarão na propriedade rural não têm interesse na continuidade da cultura, substituindo essa pela
cultura do milho e da soja principalmente.
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