A greve na sociedade em rede e o papel dos sindicatos: reflexões sobre os novos protagonistas no cenário do ciberativismo
Visualizar/ Abrir
Data
2019-08-29Primeiro membro da banca
Galia, Rodrigo Wasem
Segundo membro da banca
Fincato, Denise Pires
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho destina-se a estudar se a utilização de práticas ciberativistas diretamente pelos trabalhadores, frente à crise do sindicalismo, potencializa ou fragiliza o movimento grevista. Dentro deste panorama, justifica-se o acerto e a proposição da presente pesquisa, na medida em que a sociedade em rede apresentou à humanidade novas formas de se comunicar e de se articular, impactando a sociedade como um todo, inclusive o direito coletivo do trabalho, dando força à crise do sindicalismo. Por isso, o surgimento da greve sem sindicato, possibilitada pelas novas tecnologias de informação e comunicação, desafia o ordenamento jurídico brasileiro e traz reflexos também nas decisões do Tribunal Superior do Trabalho. Desse modo, configurando a feitura da presente pesquisa, opta-se pela utilização do método de abordagem dedutivo, iniciando, o primeiro capítulo, sob um aspecto mais geral ao demonstrar a reconfiguração sindical frente à sociedade em rede, apresentando os desafios vividos no mundo do trabalho pelo advento da sociedade em rede, passando pela história do sindicalismo ontem e hoje e comentando as causas e consequências da crise de representatividade sindical. No segundo capítulo, o trabalho aborda o tema de forma mais específica, passando pelo movimento grevista articulado e chegando até o ciberativismo libertário, onde se estuda o movimento grevista dentro do ordenamento jurídico e, em seguida, o movimento grevista sob a articulação de um novo protagonista, por fora dos sindicatos. Por fim, adentra-se ao caso da greve dos caminhoneiros ocorrida em 2018, para se extrair a ocorrência de empoderamento ou esfacelamento de direitos. Com a realização deste estudo, foi possível concluir que a utilização de práticas ciberativistas diretamente pelos trabalhadores, com o intuito de realizar um movimento grevista sem comando sindical, apesar da superficial aparência de potencialidade, acaba por fragilizar o movimento como um todo. Em sede de método de procedimento, elenca-se o método histórico, na medida em que em vários pontos do trabalho se faz necessário um resgate do surgimento dos institutos para compreensão da temática como um todo. Utiliza-se, também, o método de procedimento comparativo, pois há a necessidade de comparação entre diferentes legislações e diferentes julgados, para se extrair semelhanças e diferenças dos mesmos; e ainda, utiliza-se o método de procedimento monográfico, pois observa-se, em especial, o grupo de indivíduos envolvido na greve dos caminhoneiros de 2018, para obter os resultados da pesquisa.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: