Inclusão de bagaço de uva na alimentação de suínos sobre as características de carcaça e a qualidade da carne
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Data
2020-03-10Primeiro coorientador
Rosado Júnior, Adriano Garcia
Primeiro membro da banca
Monego, Magda Aita
Segundo membro da banca
Stefanello, Flávia Santi
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivou-se com este estudo avaliar a potencialidade do resíduo de vinificação de uvas tintas
(Vitis vinifera) na forma de silagem (SBU), ao nível de 200 g/kg em base seca, na alimentação
de suínos confinados e ao ar livre, com e sem acesso a vegetação sobre o ganho de peso,
características de carcaça, peso de cortes comerciais, viabilidade econômica e qualidade da
carne. Quarenta e oito suínos foram distribuídos aleatoriamente em seis tratamentos:
SISCON: animais confinados recebendo ração convencional; SISCON + SBU: animais
confinados recebendo ração convencional com 20% de silagem de bagaço de uva; SISCAL A:
animais livres em área com vegetação recebendo ração convencional; SISCAL A + SBU:
animais livres em área com vegetação recebendo ração convencional com 20% de silagem de
bagaço de uva; SISCAL B: animais livres sem vegetação recebendo ração convencional;
SISCAL B + SBU: animais livres sem vegetação recebendo ração convencional com 20% de
silagem de bagaço de uva. A análise estatística foi realizada em arranjo fatorial 3x2,
considerando o sistema de produção, a alimentação e suas interações. Durante o experimento
foram coletados dados de desempenho, e após o abate, foi realizada a caracterização das
carcaças, dos principais cortes comerciais e análise de custos com a alimentação. Para avaliar
a qualidade da carne foram realizadas análises de composição centesimal, teor de colesterol,
perfil de ácidos graxos, perdas de líquido, força de cisalhamento, perfil de textura e análise
sensorial. A estabilidade oxidativa e a cor objetiva foram analisadas durante o armazenamento
refrigerado. Não foram observadas diferenças significativas no ganho de peso e no peso dos
principais cortes comerciais. Os resultados acusaram efeito significativo nos valores de pH
final, perda por resfriamento e perda por gotejamento das carcaças em função do sistema de
produção. A composição centesimal da carne, teor de colesterol, perfil de ácidos graxos,
suculência e flavor não sofreram alterações. A suplementação de SBU na alimentação dos
suínos promoveu efeitos diferenciados na qualidade da carne produzida, como maior maciez
subjetiva e objetiva, maior intensidade da cor vermelha e redução da oxidação lipídica do
músculo Longissimus thoracis sob-refrigeração. Conclui-se que a inclusão de SBU no nível
empregado, independente do sistema de produção, não compromete o ganho de peso, as
características de carcaça, o peso dos cortes comerciais, promove redução dos custos com a
alimentação e melhora a qualidade da carne, constituindo-se em alternativa sustentável para
um resíduo que necessita ser aproveitado.
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