Obtenção e microencapsulação de isoflavonas do melaço de soja para a aplicação em massa fresca
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Data
2018-03-01Primeiro membro da banca
Menezes, Cristiano Ragagnin de
Segundo membro da banca
Codevilla, Cristiane Franco
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A soja e seus derivados apresentam potencial no mercado pela presença de compostos bioativos como as isoflavonas. Existem 12 isômeros de isoflavonas sendo considerada biologicamente ativas as isoflavonas nas formas de agliconas. O uso do processo de microencapsulação tem se tornado uma alternativa viável para a incorporação de compostos bioativos em alimentos, por serem encarados como desafio quanto a sua estabilidade em alimentos industrializados. Esse trabalho teve como objetivo extrair as isoflavonas de melaço de soja com diferentes solventes, testar diferentes agentes encapsulantes com diferentes condições de processo e microencapsular o extrato com as melhores características pelo método de spray drying e aplicação em massa alimentícia fresca. Foram usados os solventes, etanol e metanol a 80% e álcool de cereais nas concentrações de 50 e 80%, sendo os agentes encapsulantes: 18% maltodextrina DE20 (T1), 18% hi-maize (T2) e uma mistura em proporções iguais de 9% maltodextrina DE20 e 9% de hi-maize (T3) com temperaturas de ar de entrada de 120, 130 e 140 oC, após escolher o extrato com melhores características foi aplicado em massa fresca na forma de microcápsulas e extrato puro. A separação e quantificação das isoflavonas foram realizadas utilizando cromatográfia líquida de alta eficiência (CLAE), os compostos fenólicos totais foram analisados pelo método de Folin, a atividade antioxidante foi determinada pelos métodos DPPH e ORAC. O álcool de cereais a 50% foi o melhor solvente extrator, apresentando maior rendimento dos compostos bioativos, sendo o amido modificado hi-maize utilizado pelo método de spray drying na temperatura de entrada de ar de 130 o C o melhor agente encapsulante, apresentando menor degradação desses compostos. Nas massas frescas foram avaliadas as características físico-quimicas, estabilidade dos compostos bioativos do produto in natura e após o cozimento num período de 21 dias de armazenamento refrigerado 4°C, análises sensorial e microbiológica. As formulações das massas foram, controle (T1), com extrato (T2) e com microcápsulas (T3). As massas cozidas mostraram degradação significativa dos compostos bioativos em relação as massas in natura ao longo do armazenamento em todas as formulações, embora os resultado mostram que a massas com as microcápsulas foram mais estáveis que as com o extrato puro, a partir do décimo quarto dia o cozimento das massas degradou totalmente os compostos em todas as formulações. As massas desenvolvidas estão dentro dos Padrões de Identidade e Qualidade de Massas Alimentícias, entretanto a adição de extrato puro na massa alimentícia fresca agiu como um antimicrobiano aumentando a vida de prateleira dessa massa.
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