Auto(trans)formação permanente com professoras: a escuta sensível e o olhar aguçado na do-discência com as turmas multi-idades da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo/UFSM
Fecha
2020-12-23Primeiro membro da banca
Kronbauer, Luiz Gilberto
Segundo membro da banca
Cancian, Viviane Ache
Terceiro membro da banca
Andreola, Balduino Antonio
Quarto membro da banca
Silva, Marta Regina Paulo da
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta Tese vincula-se à Linha de Pesquisa 1: Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE/UFSM) e trata-se de uma pesquisa dialógica desenvolvida com professoras que atuaram, de 2008 a 2018, nas turmas multi-idades da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo (UEIIA), Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Santa Maria. A pesquisa teve como objetivo geral compreender quais são os possíveis desafios que a escuta sensível e o olhar aguçado às crianças nas turmas multi-idades da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo provocam para os processos auto(trans)formativos permanentes com as professoras. E como objetivos específicos: conhecer, com as professoras coautoras da pesquisa, suas experiências de vida e formação (JOSSO, 2010b), e a possível relação destas com a constituição de suas docências, a fim de buscar compreender, também a partir desse olhar sobre suas trajetórias, suas atuais concepções acerca da docência com as turmas multi-idades; conhecer as concepções de algumas bolsistas que atuam na UEIIA, e de estagiárias que realizaram o estágio curricular do Curso de Pedagogia na UEIIA, sobre a docência com as turmas multi-idades, através da interlocução de uma ou duas Cartas Pedagógicas, a fim de construir problematizações de onde emergirão algumas temáticas geradoras para a elaboração das Cartas Pedagógicas e para a realização dos Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos com as professoras coautoras da pesquisa; construir um diálogo reflexivo com as professoras coautoras da pesquisa, através da interlocução por Cartas Pedagógicas e da realização de Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos, acerca dos possíveis desafios que a escuta sensível e o olhar aguçado às crianças nas turmas multi-idades da UEIIA provocam para as auto(trans)formações na constituição de suas docências; compreender os possíveis desafios que a escuta sensível e o olhar aguçado às crianças nas turmas multi-idades da UEIIA provocam para os processos auto(trans)formativos com as professoras em formação permanente na UEIIA, e com as professoras que já atuaram nessas turmas na UEIIA, mas que hoje atuam em outras instituições/etapas/níveis/modalidades da educação. A pesquisa teve uma Abordagem Qualitativa, do Tipo Estudo de Caso (CHIZZOTTI, 2009) e Pesquisa-auto(trans)formação, tipo de pesquisa que vem sendo construída pelo Grupo Dialogus, fundamentada nos pressupostos jossonianos e freireanos. A dinâmica metodológica da pesquisa esteve ancorada nas Cartas Pedagógicas (FREIRE, 2011c, 2014, 2015; CAMINI, 2012; LACERDA, 2016) e nos Círculos Dialógicos Investigativo-auto(trans)formativos (HENZ, 2015; FREITAS, 2015; HENZ E FREITAS, 2015), e a interpretação dos constructos foi realizada a partir da perspectiva hermenêutica (GADAMER, 1977; RICOEUR, 1988; HENZ, 2003). Os constructos da pesquisa revelam que a escuta sensível e o olhar aguçado às crianças nas turmas multi-idades da UEIIA provocou desafios significativos nos processos auto(trans)formativos permanentes com as professoras coautoras da pesquisa no que tange: à escuta sensível e ao olhar aguçado às singularidades das crianças; à reelaboração do olhar acerca da criança e da (re)aprendizagem da do-discência (FREIRE, 1995) com elas; à escuta sensível e ao olhar aguçado às relações entre as crianças; ao planejamento e ao papel da professora de educação infantil. Não obstante, os constructos revelam também a compreensão do grupo de coautoras de que tais auto(trans)formações vividas não teriam sido possíveis sem o processo de reflexão crítica na e sobre a prática realizado pelo coletivo de professoras atuantes nessas turmas, ao qual o grupo era desafiado constantemente na Unidade. A UEIIA, então, despontou como um espaço potente e provocador de auto(trans)formações permanentes, o que nos leva a defender a necessidade e importância de (com)vivências na escuta sensível e no olhar aguçado com as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses ao longo da formação inicial e permanente para que as professoras e as futuras professoras tenham a possibilidade de aprender a do-discência com as crianças, e de se tornarem, assim, bambinas permanentes (KOHAN, 2020).
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