Óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon flexuosus) na dieta de frangos e peixes: impacto no desempenho e qualidade da carne
Fecha
2017-08-28Primeiro membro da banca
Pretto, Alexandra
Segundo membro da banca
Scherer, Rodrigo
Terceiro membro da banca
Cunha, Mauro Alves da
Quarto membro da banca
Daniel, Ana Paula
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação dietética com óleo essencial (OE) de capim-limão (Cymbopogon flexuosus) nos indicadores de produtividade e marcadores bioquímicos de frangos de corte (Galus galus) e de jundiás (Rhamdia quelen), bem como avaliar a qualidade e a estabilidade da carne destes animais durante o armazenamento sob congelamento. Frangos Cobb machos com um dia de vida foram alimentados por 20 dias com dieta experimental controle ou contendo 0,25 mL de OE/kg. Verificou-se que o OE aumentou o ganho de peso dos animais apenas na 3ª. semana de suplementação, mas elevou os níveis séricos de triglicerídeos e o peso do fígado em 35% e 10%, respectivamente, e reduziu as globulinas séricas em 16%. A carne do peito dos frangos tratados com OE não apresentou alteração na composição centesimal, mas exibiu aumento da proporção de ácido palmítico. Não foi observada alteração no perfil de compostos voláteis da carne, mas a aceitação quanto ao sabor foi aumentada pela dieta com OE. Durante o armazenamento da carne a -18°C por 12 meses verificou-se que a suplementação com OE aumentou o pH e os valores de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), indicando que, apesar de melhorar a aceitação sensorial do sabor da carne, a estabilidade lipídica foi reduzida com a suplementação com OE. Nos peixes em fase de terminação (~400g) foi investigado o efeito do arraçoamento por 20 dias com dieta controle ou suplementada com OE de C. flexuosus microencapsulado nos níveis de 1 e 3 mL/kg de ração. Foram avaliados o desempenho produtivo, parâmetros metabólicos, a composição corporal e a qualidade dos filés. O comprimento total, o fator de condição, o ganho de peso, a taxa de crescimento específico, o índice hepatossomático, o teor de gordura visceral e a composição centesimal dos filés não foram afetados pela suplementação com OE. Os níveis plasmáticos de proteína total, globulina e triglicérides foram reduzidos pela suplementação com 1 mL/kg de OE. A suplementação com 1 mL/kg aumentou o rendimento de carcaça e a deposição de proteína na carcaça, mas reduziu o índice gonadossomático e a deposição de gordura em comparação ao grupo controle. Além disso, 1 mL/kg aumentou o consumo de ração em comparação com 3 mL/kg. Nos filés de jundiá a suplementação dietética com OE não afetou a composição centesimal, a composição de ácidos graxos ou a aceitação sensorial. No entanto, durante a estocagem a -18°C por 12 meses, os filés do tratamento com 3 mL/kg apresentaram maior instabilidade de cor e textura. Além disso, a suplementação com OE de C. flexuosus não foi capaz de prevenir reações oxidativas em proteínas ou lipídios dos filés em nenhum dos níveis utilizados. Essas evidências sugerem que o uso de OE de C. flexuosus na ração de aves não é recomendado, ao passo que a suplementação com 1 mL/kg de OE pode ser recomendada na alimentação de jundiás em fase de engorda, para aumentar o rendimento da carcaça e o teor de proteína na mesma.
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