Construindo outros modos de ser e de refletir a docência no ciclo de alfabetização a partir da biologia do amar e da biologia do conhecer de Humberto Maturana
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Data
2021-12-17Primeiro membro da banca
Barcelos, Valdo Hermes de Lima
Segundo membro da banca
Bellochio, Cláudia Ribeiro
Terceiro membro da banca
Maders, Sandra
Quarto membro da banca
Scott Junior, Valmor
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa apresenta os resultados de um estudo realizado entre os anos de 2017 e 2021 junto
ao Programa de Pós Graduação em Educação (Doutorado) da Universidade Federal de Santa
Maria, na Linha de Pesquisa 1: Docência, saberes e desenvolvimento profissional, o qual teve
como objetivo principal investigar a construção de outros modos de ser e de refletir a docência
no ciclo de alfabetização a partir da Biologia do Amar e da Biologia do conhecer de Humberto
Maturana, ou, dito de outra forma, buscar estabelecer uma relação entre os processos de
alfabetização e os estudos de Maturana, embasados em uma narrativa autobiográfica de minha
própria vivência enquanto alfabetizadora e pesquisadora no contexto da Pandemia da COVID-
19. A partir desta experiência vivencial pensada e desenvolvida por mim ao longo de 2020, foi
possível estabelecer relações concretas sobre a o entendimento de que a alfabetização da criança
passa pela sua Biologia e que esta se efetiva a partir da mediação de um docente que potencializa
emoções calcadas no amor e no respeito à legitimidade da criança. Para tanto, a escrita
organizou-se a partir de uma narrativa autobiográfica com fundamento principal em Abrahão
(2003, 2017) e nos registros escritos produzidos por mim pesquisadora, pelas crianças e suas
famílias quando da participação neste projeto de ensino, aprendizagem e pesquisa ocorrido no
período pandêmico. O fundamento teórico de referência foram os estudos de Antunes (2001;
2007; 2013), Maturana (1994; 1997; 1998; 2001; 2004), Barcelos e Maders (2016), Scott e
Barcelos (2017), Bellochio e Souza (2017), dentre outros, além dos estudos desenvolvidos junto
ao Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação Inicial, Continuada e Alfabetização
(GEPFICA) do Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa
Maria, do qual faço parte desde 2016. A realização deste estudo trouxe para reflexão questões
sobre os modos de ser e estar docente alfabetizador, buscando compreender outros modos a
partir das relações sociais estabelecidas com a criança na perspectiva da Biologia do Amar e da
Biologia do Conhecer de Humberto Maturana, apresentando como elemento principal o papel
do professor alfabetizador, não mais como o sujeito da ação (ato) de alfabetizar mas daquele
que a partir das realidades, desejos e necessidades de cada criança lança sobre ela um olhar
sensível capaz de captar estes anseios e criar situações de aprendizagem e mediações capazes
de transformar o fazer destas crianças que então constroem suas aprendizagens em torno da
leitura e da escrita.
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