Limites e possibilidades da educação musical inclusiva: as práticas de percussão para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista
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Data
2022-02-18Primeiro membro da banca
Nunes, Débora Regina de Paula
Segundo membro da banca
Borba, Marcelo Barros de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Versa-se, com este trabalho, sobre os limites e as possibilidades da Educação Musical Inclusiva,
considerando as práticas de percussão para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro
Autista (TEA). A problemática da pesquisa emerge das reflexões acerca das atividades
desenvolvidas nas oficinas do Projeto de Percussão Social Atoque, em Santa Maria - Rio
Grande do Sul (RS). A dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação
em Educação, Linha de Pesquisa Educação e Artes - LP4, da Universidade Federal de Santa
Maria e ao Grupo de Pesquisa NarraMus. O objetivo geral é verificar os efeitos da intervenção
musical da oficina de percussão, assim como a relação social e de aprendizagem de crianças e
adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), contribuindo para a sua inclusão
social. A metodologia de estudo da pesquisa é qualitativa. Os dados foram levantados através
de entrevistas semiestruturadas com os pais e responsáveis, narrativas estas que retratam a
importância da rememoração, do resgate de histórias de vida. As narrativas tornaram-se
relevantes para esta pesquisa porque instigaram o educador a possibilidade de atuar como
narrador protagonista ativo, como escritor de histórias que se constituem a partir de diversas
situações de formação, retratando a importância da aprendizagem e da reflexão conjunta com
os seus sujeitos de pesquisa, caracterizando um diálogo aberto e significativo no processo
acadêmico. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se nesta investigação a partir da relação
desenvolvida no Projeto de Percussão Social Atoque, com seis crianças e adolescentes de 9 a
17 anos, diagnosticados com TEA, bem como da colaboração e da participação dos seus
respectivos responsáveis. O referencial teórico é baseado nos estudos de autores da educação
musical, educação musical inclusiva, Transtorno do Espectro Autista e Projeto Social, tais
como Souza (2008), Chiarelli e Barreto (2005), Brito (2003), entre outros. Verificou-se que são
muitos os desafios apresentados na melhoria do desenvolvimento, na interação de crianças e
adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. Nas entrevistas, coletadas com os pais e
responsáveis dos alunos com o espectro, houve muitas questões que foram relacionadas à
oficina de percussão e suas colaborações na vida desses sujeitos; questões estas que só foram
descobertas após os relatos dos responsáveis, os quais destacaram que, além de a oficina
contribuir para a socialização, ela colaborou também no desenvolvimento da concentração, na
relação social entre irmãos no seu ambiente familiar, na melhoria da qualidade do sono das
crianças após o ingresso na oficina, na melhoria da dicção e na leitura de um dos alunos que
participou das atividade de apreciação musical on-line, assim como na superação dos medos
(chuva, vento e trovão) que o acompanhavam por toda sua vida. Dessa maneira, estes
levantamentos corroboram para que, tanto os profissionais da área de música quanto os
familiares de crianças e adolescentes com TEA, compreendam que a música pode ser uma
forma de auxílio ao tratamento , trazendo benefícios e uma melhoria na qualidade de vida dos
sujeitos com TEA e de suas famílias.
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