Estudo da contaminação por bifenilas policloradas e parâmetros de qualidade do mel orgânico e do mel convencional do Rio Grande do Sul
Fecha
2021-02-10Primeiro membro da banca
Sautter, Cláudia Kaehler
Segundo membro da banca
Oliveira, Mari Silvia Rodrigues de
Terceiro membro da banca
Schwanz, Thiago Guilherme
Quarto membro da banca
Granella, Vanusa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O mel passa uma imagem de ser naturalmente saudável e livre de contaminantes. No Brasil, o
Rio Grande do Sul é um dos estados com maior produção de mel. A grande valorização deste
produto, principalmente no mercado externo, exige a aplicação de rigorosos padrões de
qualidade e segurança do mel, assim como o investimento em sistema de produção orgânico.
As bifenilas policloradas, do inglês Polychlorinated biphenyls (PCBs), são compostos
organoclorados sintéticos tóxicos que apesar de terem sua fabricação e comercialização
proibidas há vários anos, devido ao seu descarte inapropriado, contaminaram o meio ambiente
e ainda são detectadas. No presente trabalho foram analisados os padrões de identidade e
qualidade e a contaminação por PCBs em 90 méis de diferentes origens florais (monoflorais e
multiflorais) de sistemas de produção orgânico e convencional provenientes do Rio Grande do
Sul. Foi investigada a ocorrência de 11 congêneres de bifenilas policloradas: PCBs 28, 52, 77,
81, 101, 118, 126, 138, 153, 169 e 180. A extração foi realizada pelo método QuEChERS
modificado (Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged and Safe) seguido de cromatografia
gasosa com detector de captura de microelétrons com limites de detecção de 5 ng g-1 e 10 ng
g-1. Os resultados mostraram a presença de 4 congêneres em 15 amostras de mel provenientes
de 9 municípios, confirmando a contaminação ambiental no Sul do Brasil. Os níveis máximos
de concentração detectados foram 635 ng g-1 para PCB 28, 194 ng g-1 para PCB 101, 65 ng g-1
para PCB 77 e 50 ng g-1 para PCB 81. Embora essa contaminação no mel represente um baixo
risco, trata-se de um poluente orgânico persistente, classificado como comprovadamente
carcinogênico para seres humanos e animais. Entre as amostras contaminadas, não foram
identificadas diferenças significativas quanto ao sistema de produção e origem floral. Ao
analisar os resultados dos padrões de identidade e qualidade individualmente, a grande
maioria dos méis estava dentro dos limites definidos pela legislação nacional e internacional,
o que permite afirmar que o mel produzido no Rio Grande do Sul tem boa qualidade, fato que
evidencia a adoção de boas práticas apícolas pelos produtores do estado. Através da análise
dos componentes principais foi possível explicar grande parte da variabilidade entre os
parâmetros umidade, cinzas, condutividade elétrica, pH, acidez livre, acidez total, açúcares
redutores, sacarose aparente, atividade diastásica e HMF dos méis conforme o sistema de
produção e a origem floral. A análise por agrupamento hierárquico, classificando em grupos
usando distâncias euclidianas, exibiu a diferenciação desses 10 parâmetros de qualidade das
amostras.
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