A indisciplina no interior da escola: uma aproximação com o outro
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Data
2002-03-15Primeiro orientador
Oliveira, Valeska Maria Fortes de 
Metadata
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O presente trabalho foi desenvolvido com adolescentes de uma 5ª série, constituída de alunos repetentes, de uma escola da rede pública estadual de Santa Maria, RS. Pretende mostrar como eram produzidos e se produziam os alunos indisciplinados no interior das práticas e dos discursos. Para isso, é importante conhecer como acontecem as relações de poder nessa escola. Tem como objetivo descrever como era visto e tratado o aluno indisciplinado. Quais eram as suas artimanhas ? Como funcionava o dispositivo da disciplina e seus procedimentos disciplinares: fichas, caderno e livro de ocorrência, Conselho de Classe? Quais eram os rituais cotidianos dessa instituição? A pesquisa, nessa escola, justifica-se pela necessidade de fazer uma reflexão sobre a produção de subjetividade no interior de uma escola pública, a partir de suas práticas, seus discursos e seus silêncios. Nesta perspectiva, a cultura é registrada para que sejam conhecidos os usos, os costumes de uma comunidade escolar, ou seja, estuda o significado que esta cultura apresenta nas relações entre as pessoas da comunidade escolar. Às vezes, essa cultura pode significar divergências, pois confronta valores éticos e morais; outras, quando as vaidades são deixadas de lado, o diálogo pode significar uma aproximação. Neste sentido, a cultura será descrita através de procedimentos da pesquisa etnográfica: fotos, análise de documentos, observações, conversas informais, entrevistas. Apresenta um viés em relação aos Estudos Culturais quando estuda a produção de subjetividade da cultura marginalizada dos alunos indisciplinados. Autores como Michel Foucault, Michel de Certeau, Mariza Eizirik, Peter Mclaren, Paulo Freire, entre outros, são citados direta ou indiretamente, devido a suas contribuições a estudos realizados nas instituições e que me influenciaram a apontar a resistência como a possibilidade de recriar outro espaço com novas vivências.
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