Vozes aprisionadas: mulheres e sistema prisional nos romances-reportagens de Nana Queiroz e Drauzio Varella
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Date
2022-03-15Primeiro membro da banca
Vivian, Ilse Maria da Rosa
Segundo membro da banca
Porto, Luana Teixeira
Terceiro membro da banca
Cardoso, Rosane Maria
Quarto membro da banca
Ramos, Wellington Furtado
Metadata
Show full item recordAbstract
As duas obras escolhidas como corpus desta tese versam sobre a experiência de seus autores dentro do espaço prisional: Prisioneiras aborda a vivência de voluntariado de Drauzio Varella em um presídio feminino, enquanto Presos que menstruam é o resultado de uma investigação de quatro anos de Nana Queiroz acerca das mulheres encarceradas. Sendo assim, o objetivo principal é identificar como se organizam os elementos da narrativa no sentido de contribuir para a criação das representações do sistema prisional e das mulheres que o habitam e propiciar, possivelmente, reflexões ao leitor, com base em quatro categorias: autor, espaço, personagem e violência. Ademais, pretende-se avaliar como a instância do autor organiza os dois relatos analisados e testemunha sobre a experiência vivida; de que maneira o espaço influencia o comportamento e a (des)construção das mulheres encarceradas; de que forma a elaboração das figuras que vivem em regime carcerário contribui para a fixação de uma representação das detentas; e como as violências que perpassam a construção das personagens influenciam na criação de uma imagem das prisioneiras e do sistema prisional brasileiro. A metodologia adotada para a construção do estudo tem caráter indutivo, já que parte de histórias particulares para construir uma imagem geral das mulheres encarceradas e das próprias prisões brasileiras atualmente. Como base teórica para a análise aqui empreendida, serão mobilizados autores como Michel Foucault, Jaime Ginzburg, Ozíris Borges Filho, Rildo Cosson, Antonio Candido e Bath Brait. Esta tese busca dar maior visibilidade a textos que exploram uma parcela marginalizada e esquecida da população brasileira, além de oportunizar ao leitor uma nova forma de olhar para esses sujeitos e suas alteridades. Intenta-se, ainda, criar um espaço de reflexão acerca do cárcere e suas particularidades.
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