Botânica no ensino fundamental: investigação como estratégia pedagógica
Fecha
2022-07-15Primeiro membro da banca
Canto-Dorow, Thais Scotti do
Segundo membro da banca
Pessano, Edward Frederico Castro
Terceiro membro da banca
Lacerda, Caroline Côrtes
Quarto membro da banca
Bastos, Giséli Duarte
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O Ensino de Botânica tem sido pouco prestigiado por alunos e professores, pois demonstram
certa rejeição ao conhecimento sobre as plantas, por julgarem ser de difícil compreensão e
repleto de termos e processos complexos. Em geral, as pessoas parecem não perceber as
plantas para além de seu papel ornamental ou alimentar. Essa falta de interesse pela Botânica
pode impactar diretamente na preservação e na valorização da biodiversidade vegetal, visto
que as plantas, por não serem conhecidas ou vistas, perdem seu espaço em políticas de
preservação e no processo de ensino aprendizagem. Neste trabalho, busca-se como objetivo
geral propor e analisar atividades práticas de ensino, apoiadas na abordagem investigativa e
alinhadas à proposta da Teoria de Ensino em Espiral, para o estudo da Botânica no Ensino
Fundamental (EF). A pesquisa, de caráter qualitativo, primeiramente, buscou analisar as
mudanças propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino de
Botânica. Posteriormente, verificou nos livros didáticos de ciências como os conteúdos sobre
plantas eram distribuídos antes da BNCC e depois dela. Após essa análise, foi proposta e
analisada uma sequência investigativa para o ensino sobre plantas para o 2° ano do EF,
explorando a observação, o registro e a experimentação. Sugeriu-se atividades para o 6° ano
do EF, utilizando a experimentação para o estudo do processo de germinação. A fim de
reduzir a carência de percepção sobre as plantas, buscou-se propor e analisar atividades que
possibilitassem a observação delas no ambiente e no cotidiano. Para isso, foram apresentadas
atividades utilizando ferramentas de inventário botânico e espaços não formais de ensino, as
quais também foram planejadas para serem aplicadas ao 6° ano do EF. Com o
desenvolvimento do trabalho, pode-se verificar que houve uma redução nos conteúdos de
Botânica para o EF na BNCC. Constatou-se que atividades práticas investigativas aplicadas
de maneira adaptada a cada nível de ensino contribuem para a compreensão das plantas de
modo mais amplo. Além disso, a manifestação da cegueira botânica constituiu um entrave ao
estudo dos vegetais e sua valorização. A superação desse cenário pode ser observada no
desenvolvimento de atividades práticas investigativas contextualizadas de observação junto às
plantas e em ambientes naturais, favorecendo a percepção da biodiversidade no cotidiano do
educando. As contribuições deste trabalho trazem propostas aos professores do EF que
buscam desenvolver o estudo das plantas de forma investigativa e contextual, a fim de
transpor os desafios que o Ensino de Botânica apresenta.
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