Trajetória de professoras surdas no universo docente do ensino superior
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Data
2022-12-12Primeiro membro da banca
Bock, Geisa Letícia Kempfer
Segundo membro da banca
Silva, Lucielem Chequim da
Metadata
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Esta pesquisa foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação,
Linha de Pesquisa; Educação Especial, Inclusão e Diferença e Grupo de estudos e
Pesquisas em Psicologia da Educação e Educação Inclusiva (GEPEIN) e teve como
objetivo analisar a trajetória percorrida por professoras surdas de forma que se
possa identificar suas vivências em relação às questões de gênero e deficiência,
permitindo assim uma análise dos preconceitos e desigualdades no espaço
universitário. Buscou-se, com este estudo, responder a seguinte questão: quais as
dificuldades enfrentadas por estas mulheres durante a sua trajetória até chegar à
docência e a partir dela? Uma das principais razões para a escolha deste tema foi
haver percebido mulheres que experienciam a exclusão mediante barreiras em
relação ao gênero, situações negacionistas em relação a ser surda, desigualdades
sociais e no mercado de trabalho.O caminho metodológico traçado foi com base nas
técnicas de estudo exploratório de acordo com as abordagens de Gil (2002), numa
abordagem qualitativa, que considera o contexto no qual o grupo pesquisado, o qual
se caracteriza como uma amostra por conveniência. Foram realizadas entrevistas
com professoras surdas de universidades públicas e privadas do Rio Grande do Sul.
As interpretações foram elaboradas a partir das falas das professoras, constituindo
as unidades inter-relacionadas como as categorias de raça, gênero, classe sócio
econômica entre outras. Os resultados indicam que, através de muitas lutas e das
suas reivindicações, já foram alcançados muitos direitos anteriormente negados,
principalmente às mulheres surdas, pela sociedade ouvinte, embora as mulheres
surdas ainda não se encontrem em igualdade de oportunidades frente aos homens
surdos e às mulheres e homens ouvintes. Por fim, expõe o direito ao
desenvolvimento como direito humano, corroborando com a importância dos
movimentos que tornaram possível a presença de mulheres surdas estarem nos
espaços docentes.
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