O papel do coletivo na formação de professores e futuros professores: contribuições de um grupo de estudos e pesquisas
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Data
2022-12-16Primeiro membro da banca
Costas, Fabiane Adela Tonetto
Segundo membro da banca
Asbahr, Flávia da Silva Ferreira
Terceiro membro da banca
Silva, Sandra Aparecida Fraga da
Quarto membro da banca
Moura, Manoel Oriosvaldo de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa insere-se na linha Docência, Saberes e Desenvolvimento Profissional, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O objetivo principal da investigação constitui-se em compreender o papel da participação em um grupo/coletivo na formação do professor e futuro professor, a partir da unidade afetivo-cognitiva constituída nesse processo, na perspectiva de uma personalidade coletivista. A pesquisa, na sua dimensão orientadora, baseou-se na Teoria Histórico-Cultural e na Teoria da Atividade. A partir desta base teórica foram estudados os conceitos de personalidade e unidade afeto-cognição e, considerando essa relação em um grupo, buscou-se entender o conceito de coletivo e como este se relaciona com a formação de professores e futuros professores. Discutiu-se com autores que abordam sobre formação também nessa perspectiva teórica, na premissa de que ela deve ser constituída com os sujeitos para que, neste processo, seja possível criar algo novo, com sentido e significado para eles. Neste contexto, na dimensão executora da pesquisa, foram acompanhadas as ações de um grupo de estudos e pesquisas, pelo período de dois anos. Os dados foram apreendidos por meio de gravações em áudio e vídeo, três relatos escritos e a memorie dos encontros. Estes elementos deram subsídios para responder a seguinte questão de pesquisa: Como a unidade afetivo-cognitiva estabelecida com um grupo/coletivo pode contribuir para a formação de professores e futuros professores que dele participam? Os dados apreendidos foram organizados em episódios e cenas, sistematizados em quatro isolados de análise, sendo eles: I) o movimento histórico: ações do grupo; II) a constituição de um espaço para a formação: processo de organização do grupo; III) o estabelecimento da familiarização emocional: sentido e significado em participar do grupo; e IV) os vínculos afetivo-cognitivos: relações estabelecidas com o grupo. A interdependência dos isolados revela-se em seu isolado integrativo, o afeto-cognição. O isolado I mostrou que as histórias do grupo e do sujeito se entrelaçam, o que o permite ser protagonista deste processo. Esse movimento envolve o modo como este grupo sistematiza suas ações, como evidenciado no isolado II. Quando o sentido pessoal converge com o do grupo, a participação nele pode promover o desenvolvimento do sujeito e firmar a familiarização emocional, como identificado no isolado III. Nessas diferentes relações, com sentido e significado, os sujeitos vão estabelecendo com o grupo o sentimento de pertencimento, que se efetiva por uma relação afetivo-cognitiva, como constatado no isolado IV. A partir de nossas análises, a tese defendida neste trabalho é a de que a contribuição de um grupo com características de um coletivo na formação de professores e futuros professores que dele participam se revela nas ações realizadas com este grupo, tomadas como orientadoras de sua conduta, a partir da unidade afetivo-cognitiva constituída no processo de sua participação, o que pode contribuir para o desenvolvimento de uma personalidade coletivista.
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