Práticas baseadas em evidências na rede regular de ensino do estado de Santa Catarina: uma aproximação a partir dos saberes dos professores e de práticas com evidência de efetividade
Fecha
2022-11-30Primeiro membro da banca
Nunes, Débora Regina de Paula
Segundo membro da banca
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A literatura sobre inclusão educacional de estudantes com autismo vem mostrando que os
professores ainda desconhecem o transtorno, o que repercute em práticas pedagógicas pouco
efetivas. Por outro lado, algumas práticas docentes podem se assemelhar à Práticas Baseadas
em Evidência (PBE) ao conterem seus ingredientes ativos, porém sem a devida fidelidade na
implementação. Considera-se ingredientes ativos como os principais componentes de pacotes
abrangentes de tratamento para pessoas com autismo. O presente projeto teve como objetivo
verificar o quanto as práticas docentes utilizadas pelos professores de turma da rede regular de
ensino do Estado de Santa Catarina se assemelham às PBE descritas pela agência americana
National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice (NCAEP). Os participantes foram
segundos professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina que atuam diretamente em
turmas com matrícula de estudantes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundos professores são os profissionais especialistas em educação especial que realizam
corregência junto aos professores regentes das séries iniciais, ou dão o suporte e apoio aos
professores de disciplinas das séries finais. Esta pesquisa é de caráter misto, qualitativo e
quantitativo, utilizando-se do Desenho Exploratório Sequencial (DEXPLOS) do tipo
Derivativo. Dividido em dois momentos, este estudo contou com a coleta de dados qualitativos
e, posteriormente, coleta de dados quantitativos. A etapa qualitativa teve como objetivo
identificar PBE que os professores utilizam em suas práticas docentes, a fim de que trechos de
suas respostas possam compor vinhetas que serão utilizadas no instrumento utilizado na fase
quantitativa deste estudo. Os dados qualitativos foram coletados a partir do Instrumento de
Investigação de Práticas Docentes (I-IPD) e aprofundados por meio de entrevistas
semiestruturadas, ambos realizados junto à uma amostra não probabilística representacional dos
segundos professores do Estado de Santa Catarina. A etapa quantitativa se tratou de um estudo
maior, no qual as vinhetas foram apresentadas aos professores por meio de um questionário
objetivo para que estes indicassem o quanto das práticas apresentadas são utilizadas por eles.
Os dados quantitativos foram coletados a partir do Instrumento de Investigação de PBE (IIPBE), o qual foi aplicado a uma amostra que represente o universo de segundos professores
que atendem estudantes com TEA na rede estadual de ensino e Santa Catarina. A análise dos
dados se deu a partir da análise de conteúdo de Bardin (2011) e de forma estatística descritiva.
Os resultados foram apresentados segundo o desenho de DEXPLOS: resultados qualitativos,
quantitativos e da dupla-mescla. Os resultados qualitativos, obtidos através do relato de 11
professores através do instrumento I-IPD, indicaram a utilização de 12 PBE no contexto escolar,
as quais compuseram o instrumento I-IPBE por meio de vinhetas ilustrativas. Os resultados
quantitativos, analisados a partir de 72 respostas obtidas através do instrumento I-IPBE,
indicaram que 16 PBE são utilizadas pelos professores no contexto escolar, sendo Intervenção
Baseada no Antecedente, Modelagem, Reforçamento e Promptings as práticas mais utilizadas,
e Vídeo Modelagem a prática menos utilizada. Os resultados da dupla-mescla detalharam a
utilização das PBE pelos professores, indicando que estas não são seguidas conforme seus
protocolos de fidelidade.
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