A participação na construção do currículo: práticas educativas vinculadas ao movimento CTS
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Data
2014-02-26Primeiro membro da banca
Marques, Carlos Alberto
Segundo membro da banca
Tomazetti, Elisete Medianeira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Repercussões educacionais do Movimento Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS)
têm crescido e se disseminado no contexto brasileiro, principalmente na área de
educação em ciências. A gênese destas repercussões educacionais ocorreu no
Hemisfério Norte, sendo o campo curricular um foco privilegiado. Foi neste espaço
geográfico que conceitos como participação pública em Ciência-Tecnologia e
currículos CTS foram elaborados, carregando as marcas deste. O problema de
pesquisa formulado foi: como têm sido definidos e estruturados currículos balizados
por referenciais ligados a repercussões educacionais de CTS? Em termos de
detalhamento do problema de pesquisa, três objetivos foram assumidos: (i)
identificar quais sujeitos tem participado na definição de currículos de orientação
CTS; (ii) analisar encaminhamentos dados, relativamente ao campo curricular, em
práticas educativas CTS; (iii) sinalizar horizontes para a educação em ciências na
perspectiva de configurações curriculares pautadas pela constituição de uma cultura
de participação. Foram analisados artigos publicados em periódicos relacionados à
educação em ciências, vinculados às repercussões educacionais de CTS buscando
compreender como, neste referencial, vêm sendo construídos currículos. Utilizou-se
a Análise Textual Discursiva enquanto recurso teórico-metodológico para as
análises. O referencial utilizado, na pesquisa, foram repercussões educacionais do
movimento CTS, contribuições de Paulo Freire e proposições do Pensamento
Latino-Americano em Ciência-Tecnologia-Sociedade (PLACTS). Os resultados foram
sintetizados em quatro categorias: currículos temáticos, professores selecionam
temas para cumprir listagens de conteúdos, não realização da investigação dos
temas e focos de colaboração e interdisciplinaridade. Vinculado a essas categorias,
foram identificadas limitações que sinalizam desafios para a educação em ciências,
dentre as quais destaca-se: possível esvaziamento de pressupostos freirianos,
indícios de um reducionismo metodológico, ou seja, a não centralidade da discussão
curricular e o consumismo não problematizado.
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