O que pode o gênero no cinema? Efeitos deformativos no currículo escolar
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Data
2023-01-25Primeiro membro da banca
Miranda, Eduardo Oliveira
Segundo membro da banca
Possa, Leandra Bôer
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa rabisca, deforma e acena para as insurgências do corpo diante de alternativas compostas pela tríade gênero, cinema e Deformação que tecem junto a esta escrita a seguinte problemática: quais os modos de pensar a deformação docente como política educativa atravessada pelo cinema e por questões de gênero e sexualidade? Questão balizadora que irá ser diluída em relação aos seguintes objetivos: analisar discursos acerca das potencialidades dos estudos de gênero e sexualidade na educação; compreender os modos de o cinema relacionar e acionar performatividades dos corpos; produzir um Portfólio Curatorial Cinematográfico que acene para experimentações corpóreas e disponibilize alternativas de acesso ao cinema, podendo re/criar seus efeitos na escola e na deformação docente; fazer funcionar a noção de deformação como uma estratégia política de revisão, desconstrução e transgressão de práticas e existências na docência. Posto isso, convém salientar que a noção DEformativa operada nesta escrita dissertativa a partir da câmera metodológica da sociopoética, a qual aciona os corpos envolvidos no processo da pesquisa, considera seus saberes culturais, sociais, políticos e demais experiências com o mundo, ou seja, reconhece que a pesquisa não é solitária, suspensa das relações com os participantes. Tencionar a noção de Deformação talvez seja um (RE)pensar aquilo que elegemos como “verdade” e fabricar outras possibilidades é colocar-se novamente na via do desconhecido e estar disposto a tencionar o “saber” em meio ao jogo discursivo do cinema e do gênero. Desse modo, conclui-se que a deformação docente ecoou em vários momentos entre as linhas desta escrita, legitimando os corpos ativos dos/as docentes. Falar na deformação é estender-se para além dos corpos, transbordar e borrar uma cultura curricular que perpassa o terreno escolar; deformar-se é duvidar de si, de suas concepções e verdades; é vislumbrar possibilidades outras que permitem olhar o diferente. Com isso, o cinema pode ser um dispositivo interessante nessa empreitada. Afinal, o que de mim a arte-cinema aciona de mim mesmo?
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