O valente pole dance: gênero, corpo e resistência na comunidade pole dancer
Fecha
2023-08-28Primeiro membro da banca
Oliveira-Cruz, Milena Carvalho Bezerra Freire de
Segundo membro da banca
Storch, Laura Strelow
Terceiro membro da banca
Escosteguy, Ana Carolina Damboriarena
Quarto membro da banca
Dias, Marlon Santa Maria
Quinto membro da banca
Brignol, Liliane Dutra
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho, ao realizar uma etnografia em um estúdio de Pole Dance em uma cidade
no interior do Rio Grande do Sul, buscou responder à questão central “Como são trabalhadas
as questões de gênero e corpo dentro do pole dance e o papel das imagens nesse processo?”
Tendo como objetivos gerais analisar o papel das imagens dentro da prática, ligadas ao uso
das interlocutoras e sua presença nas redes sociais, de que forma a modalidade,
predominantemente feminina, suscita debates sobre gênero, além de compreender o papel do
corpo da pole dancer, buscando apreender de que forma ele é construído e como é percebido
dentro da modalidade e por quem a pratica. Os objetivos específicos dão conta de identificar,
a partir da fala das interlocutoras e das análises realizadas, de que forma as mulheres
compreendem o impacto do pole dance em suas vidas, como ele afeta a autopercepção das
mesmas e como o pole dance trabalha as questões de diversidade. Para isso, além da
etnografia com observação participante, foram realizadas entrevistas e análises de redes
sociais (FONSECA, 2000, HINE, 2015, 2020; BRITES, MOTTA, 2017). Como demonstrado
ao longo do trabalho, através dos achados do campo, destacou-se a centralidade das imagens
(MILLER, 2019,2022 ; GOMEZ, LEITÃO, 2017) dentro da modalidade, principalmente
através de sua constante presença nas redes sociais das interlocutoras e na importância das
fotos durante as aulas e no processo de evolução das pole dancers. A performance (DAWSEY
ET AL, 2013) também ocupa papel de destaque, auxiliando na compreensão da construção
desse corpo pole dancer, atingido através de ritos específicos, que segue treinamentos e regras
determinados, nos momentos de apresentação, nas trocas realizadas nas aulas e fora delas. Um
corpo que se constrói e modifica também através do afeto. Algo latente no discurso das
interlocutoras.O pole dance também se converte em um espaço de possibilidades para a
discussão sobre gênero e sexualidade, ao oferecer um espaço seguro onde as praticantes
podem compartilhar seus medos e suas inseguranças, em um ambiente de solidariedade e
possibilidades de agência, transformando a relação das mulheres com elas mesmas, seus
corpos e seu entorno (BUTLER, 2003; SCOTT, 1995), fornecendo também um espaço que
acolhe as diversidades de corpos e permite novos olhares sobre eles.
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