Comunicação em rede para a mudança ambiental: as narrativas da sustentabilidade dos institutos de permacultura brasileiros
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Date
2023-10-06Primeiro membro da banca
Tufte, Thomas
Segundo membro da banca
Brignol, Liliane Dutra
Terceiro membro da banca
Roysen, Rebeca
Quarto membro da banca
Felippi, Ângela Cristina Trevisan
Metadata
Show full item recordAbstract
Esta tese busca compreender como a comunicação em rede dos institutos de permacultura, a partir de representações sobre sustentabilidade presentes em suas narrativas em mídias digitais na internet, pode contribuir para a mudança ambiental. Para isso, desenvolvemos uma etnografia para a internet (HINE, 2017), combinando diversos procedimentos metodológicos, como observação participante, estudo de caso e entrevistas. O embasamento teórico parte de uma compreensão da sociedade de consumo (SLATER, 2002) e da sustentabilidade ambiental (SACHS, 2008; 2009). Procuramos entender a cultura do consumo e a insustentabilidade do capitalismo como processos cuja lógica os institutos de permacultura procuram subverter, buscando alinhar seus propósitos a uma sustentabilidade ambiental. Ademais, procuramos compreender os usos e as apropriações (MARTÍN-BARBERO, 2004; 2009) que esses atores sociais fazem da internet para comunicarem as representações sobre sustentabilidade em prol de uma mudança ambiental, investigando como as redes contribuem para essa mudança ambiental que os institutos de permacultura pretendem alcançar e em que medida está associada a um desenvolvimento sustentável (SACHS, 2008; 2009), ou seja, uma comunicação para a mudança socioambiental (TUFTE, 2013; 2015; 2017). Compreendemos a importância que a comunicação em rede desenvolvida pelos institutos tem para uma mudança ambiental local; para tanto, suas representações na internet sobre sustentabilidade contribuem para que consigam comunicar suas ações e práticas socioambientais. Por fim, diante da crise ambiental que assola o mundo e da forma de produção e consumo capitalista e seu discurso de desenvolvimento sustentável, são necessárias, assim como propõem os institutos, alternativas sustentáveis baseadas nas dimensões sociais, econômicas, culturais, políticas e comunicacionais em prol de mudanças significativas no meio ambiente. Ademais, pensar a comunicação para a mudança a partir das questões ambientais é algo novo para o campo da comunicação e necessário de ser pesquisado. Portanto, os institutos promovem uma mudança ambiental de baixo para cima, ou seja, uma mudança ambiental local, mesmo que almejem transformação a partir de suas práticas e posicionamentos, não conseguem atingi-la.
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