(Trans)Formação em jornalismo: as propostas das universidades brasileiras num cenário de mudanças
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Fecha
2017-01-18Primeiro coorientador
Dalmolin, Aline Roes
Primeiro membro da banca
Correia, João Carlos Ferreira
Segundo membro da banca
Guimarães, Isabel Padilha
Terceiro membro da banca
Fonseca, Virginia Pradelina da Silveira
Quarto membro da banca
Pereira, Ascísio dos Reis
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A formação em jornalismo supõe o preparo para atuação numa profissão cuja
identidade, nos últimos dois séculos, tem sido problematizada reiteradas vezes, especialmente
quanto à sua real necessidade para o relato dos acontecimentos socioculturais. O jornalismo, ao
considerar a linguagem e a interação social como mediadores na construção do pensamento e
do conhecimento humano e, portanto, contemplando uma função na democracia ocidental,
constitui-se como um saber especializado. Ele opera, assim, enquanto mediador das relações
simbólicas, com linguagens convencionadas para as narrativas dos acontecimentos de interesse
público. A relevância científica da pesquisa considera que o jornalismo é um dos fenômenos
contemporâneos em contínua mutação que mais exige ajustes das instituições de ensino nos
processos de formação dos novos profissionais. Para isso, apontamos a questão sobre como é
pensado o jornalismo frente à (trans)formação que as instituições superiores têm promovido no
desenvolvimento de competências dos futuros profissionais no Brasil. O recorte metodológico
reconhece a Literatura cinzenta brasileira (livros, coletâneas, teses, dissertações e artigos
científicos) e proposta de projetos pedagógicos balizado em Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCNs), detido no período de julho de 2001 a dezembro de 2013. A análise final opera sobre
uma base empírica composta de 404 fontes (seis livros, 17 coletâneas, 78 capítulos de
coletâneas, 12 teses, 12 dissertações, 271 artigos científicos – anais e revistas – e oito projetos
pedagógicos de cursos de jornalismo). Diante da possibilidade de transposição de uma
concepção meramente linear do fluxo mediado dos fenômenos simbólicos, apresentamos a
hipótese de que a formação em jornalismo se constitui como um campo de disputa, num cenário
em que as propostas das universidades brasileiras podem transitar entre a especializante e a
experimental. A primeira proposta constrói-se orientada pelo paradigma informacional, detida
no propósito de instrumentalizar as práticas produtoras de conteúdo que percebem os
acontecimentos a partir de um interesse econômico/comercial. A segunda constitui o paradigma
relacional, objetivando outros espaços suscetíveis de operacionalizar a construção de narrativas
sobre os acontecimentos, convertendo-os em bens simbólicos e garantido o fluxo dos
fenômenos comunicativos. A formação especializante está voltada a uma instrumentação do
fazer, pouco atenta à efetiva circularidade decorrente da interação social da prática jornalística.
Uma formação mais aprofundada, calcada no paradigma relacional, viria a propiciar ao
jornalista a compreensão da cadeia reflexiva entre jornalismo e vida social.
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