Narrativas de professora alfabetizadora
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Data
2024-12-13Autor
Megier, Clarice Marlene Rucks
Primeiro membro da banca
Leão, Débora Ortiz de
Segundo membro da banca
Batalha, Denise Valduga
Terceiro membro da banca
Bittencourt, Zoraia Aguiar
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A trajetória desta tese antecede o ingresso no Programa de Pós-Graduação em
Educação, retornando à história de vida da pesquisadora, que, como professora
alfabetizadora, revê sua experiência no contexto escolar e de suas vivências no Grupo
de Estudo e Pesquisa sobre Formação Inicial, Continuada e Alfabetização da
Universidade Federal de Santa Maria. O objetivo geral da pesquisa é narrar as
experiências de professora alfabetizadora, na qual busca explorar as significações
profissionais instituintes e instituídas, ancoradas nas vivências, sentimentos e ações
cotidianas que formaram as histórias de vida da professora alfabetizadora. A
dimensão do imaginário social, instituído e instituinte, ressalta a possibilidade de
significados sociais construídos pelos indivíduos através de Cornelius Castoriadis.
Além de apoiar-se nas contribuições teóricas de autores como Vygotsky, Soares,
Ferreiro, Mortati, Macedo, Antunes, Bittencourt e Leão, que discutem a transição
significativa do sujeito ao se apropriar da escrita, não apenas como um recurso de
comunicação, mas também como um meio de exploração de suas próprias ideias,
pensamentos e identidade, propiciando uma evolução tanto pessoal quanto cognitiva.
Foi conduzida uma pesquisa pelo delineamento metodológico das histórias de vida,
na Escola Municipal de Ensino Fundamental 15 de Novembro de Ijuí, em uma turma
de alfabetização durante o ano de 2021, período marcado pela pandemia de Covid19. Foram selecionadas três narrativas para análise: “Pandemia, memória, escola: o
bom é recomeçar: Educar Web, grupo de Whatsapp e Aula Programada” – que relata
a experiência da professora alfabetizadora no início do ano letivo de 2021, durante a
pandemia. Narrativa: “Minha história, minha vida” – que investiga as questões de
identidade dos alunos da turma do 2º ano, promovendo um maior conhecimento sobre
eles. Narrativa: “A vacina envolvente que mexe com a gente - Butantan” – que enfatiza
a importância de se trabalhar com o tempo e o espaço de aprendizagem, guiados pela
escuta atenta e pelo olhar cuidadoso voltado para os alunos do 2º ano. Assim, as
narrativas de professora alfabetizadora se configuram em uma rica fonte de
conhecimento sobre as práticas e os desafios do ensino da leitura e da escrita. Elas
não apenas revelam as complexidades e contradições do processo de alfabetização,
mas também sublinham a importância de uma abordagem sensível e reflexiva na
formação dos educadores. Ao dar voz à própria história de vida, reflete sobre as
trajetórias possíveis, trazendo à tona o percurso enquanto professora alfabetizadora.
Isso evidencia que a escola é um espaço privilegiado de reflexão sobre a realidade,
não para anulá-la, mas para possibilitar a construção de novos poderes de
compreensão e, consequentemente, de ação.
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