Escolarização da música: por uma potência musical ativa
Abstract
A pesquisa está vinculada à linha Educação e Artes do PPGE/UFSM e foi desenvolvida
junto ao grupo de pesquisa FAPEM Formação, Ação e Pesquisa em Educação Musical.
Objetiva compreender como a Música é escolarizada e como o movimento escolar influencia
nessa escolarização em relação à potência do agir musical dos estudantes. Foi motivada
por uma experiência pessoal de busca por processos de escolarização que aumentassem a
potência do agir musical de estudantes de uma escola pública de ensino básico. Para além
da experiência pessoal, a pesquisa também foi desenvolvida em outra escola de ensino
básico de tempo integral dentre os meses de janeiro a junho de 2015, constituindo-a como
campo empírico para a construção de dados. Está organizada em quatro partes. A primeira
delineia a construção metodológica apoiada em orientações ligadas à abordagem
qualitativa, trazendo o campo empírico de pesquisa e apontando a escolarização da Música
como um fenômeno da vida real, interpretado a partir de uma orientação hermenêutica
(MUCCHIELLI, 2004). A segunda apresenta bases conceituais de escolarização a partir de
Masschelein e Simons (2014); de Escola, a partir de Fernandes (2013), Masschelein e
Simons (2014), Coêlho (2013; 2013b), dentre outros, além do pensamento spinozano que
conduz ao conceito de potência. A terceira apresenta o processo histórico de constituição da
Escola e a inserção da Música neste processo, com enfoque no encontro entre a Música e a
escola brasileira a partir das orientações legais que têm subsidiado o ensino musical escolar
ao longo dos anos. A quarta parte elucida a experiência pessoal de escolarização da Música
que acarretou a proposição dessa pesquisa e relata a construção de dados, observações e
análises empreendidas através do campo empírico. Também estão nesta última parte,
análises das duas experiências - a pessoal e a do campo empírico -, a partir dos conceitos
apresentados na segunda parte. Apoia-se sobre a tese de que a Música, quando
escolarizada, perde e recupera potência em função dos contextos e intencionalidades
advindas do movimento escolar proposto pelos indivíduos que o constituem. Tem como
interpretação o fato de que quando a escolarização tenta atender a expectativas de uma
escola movimentada a partir de sentido e pressupostos organizacionais (COÊLHO, 2013,
2013b), a Música perde potência no sentido de não oportunizar aos estudantes um agir
musical potente.
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