Avaliação de indicadores de adaptação à mudanças dietéticas em ruminantes
Fecha
2013-12-19Metadatos
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Foram conduzidos dois ensaios de digestibilidade in vivo com ovinos para avaliar o impacto da mudança de dieta sobre variáveis nutricionais, incluindo consumo voluntário, digestibilidade e fermentação ruminal, bem como estabelecer qual o tamanho de período de alimentação necessário para se obter valores reproduzíveis destas variáveis. O Ensaio 1 foi conduzido com 10 ovinos da raça Corriedale (34 ± 5 kg de peso corporal (PC)), mantidos em gaiolas de metabolismo, ao longo de três períodos de 21 dias, em um delineamento experimental inteiramente casualizado em um esquema de dupla reversão. Os animais foram divididos em dois grupos (Grupos A e B, n=5 por grupo), alimentados ad libitum com a seguinte sequência de dietas ao longo dos períodos: Grupo A: feno feno+concentrado feno; Grupo B: feno+concentrado feno feno+concentrado. O feno utilizado foi de Cynodon sp. e o concentrado composto por milho, farelo de soja e farelo de trigo, o qual foi incluído na dieta numa proporção de 50% (base matéria seca). O consumo, a excreção fecal e a digestibilidade da matéria orgânica, da fibra em detergente neutro e dos compostos nitrogenados, assim como a excreção urinária de N e alantoína, foram medidos diariamente ao longo dos períodos experimentais. No Ensaio 2 foram avaliados parâmetros da fermentação ruminal (i.e. pH, degradabilidade in situ, aderência bacteriana e atividade enzimática bacteriana no resíduo de incubação) e foi conduzido utilizando o mesmo desenho experimental do Ensaio 1, exceto que foram utilizados somente quatro ovinos da raça Santa Inês (65 ± 5 kg de PC, n=2 por grupo), implantados cirurgicamente com uma cânula ruminal, e incluiu um período adicional de avaliação (i.e. total de quatro períodos de 21 dias, em um esquema de tripla reversão). A maior parte das variáveis nutricionais avaliadas nesse estudo foram impactadas pela mudança da dieta, sendo que o tempo de adaptação à nova dieta variou de 6 a 13 dias, dependendo da variável e do tipo de dieta. Os resultados do presente estudo indicam que o período mínimo de adaptação em ensaios de digestibilidade in vivo deveria ser de 14 dias.