Formação permanente de professores(as) da EJA: círculo de diálogos como práxis pedagógica humanizadora
Date
2014-03-27Metadata
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Esta pesquisa está inserida na Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional (LP1), do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria/RS. Configura-se como um estudo sobre formação permanente de professores(as) da modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA), tendo como pergunta orientadora: como professores(as) que trabalham na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) compartilham práxis pedagógicas humanizadoras, no processo de formação permanente, através de Círculos de Diálogos? Como percurso metodológico, utilizou-se a perspectiva metodológica qualitativa, Estudo de Caso. Ainda, como pressuposto metodológico, o enfoque hermenêutico, que tem como finalidade dialogar com os(as) professores(as), escutá-los, interrogá-los e, com eles, interpretar as diferentes vivências sócio-histórico-culturais e os diferentes processos de escolarização e auto/trans/formação a partir da época, lugar, circunstâncias e diversas vozes que os contextualizam e podem dar-lhes sentido. Trata-se de ler e interpretar os escritos e as falas partindo dos seus mundos e horizontes de compreensão, sem, contudo, dar as costas à realidade da qual nós os interpretamos e significamos, possibilitando a interlocução com o nosso mundo e horizonte de compreensão. Os principais teóricos que contribuem com as reflexões desta pesquisa são: Freire (2011, 1983, 1996, 2009, 1980, 2011), Arroyo (2000, 2005), Ibérnon (2009, 2010), Fiori (2011), Herman (2002), Chizzotti (2009) e Zabalza (2004), Brunel (2004), Abramo (1994, 2005), Schön (1997), Zeichner (2008), Vásquez (2011), Oliveira (1999), Figueiredo (2009), Esclarín (2005), Manfredi (1980), Brandão (2002), Henz (2013, 2003, 2007). O grupo de professores(as)-coautores(as) que participa da pesquisa são da modalidade EJA de uma escola municipal da cidade de Santa Maria/RS. A pesquisa, deu-se através do Círculo de Diálogos com os(as) professores(as)-coautores(as); iniciou em julho de 2012 e ocorreu até dezembro de 2013. Para a construção desta dissertação, desenvolveu-se um estudo bibliográfico acerca de dimensões categóricas como: o percurso metodológico; as políticas públicas da EJA; tessituras da Educação Popular com a modalidade EJA; e, em específicial a juvenilização na EJA e os desafios à formação permanente dos(as) professores(as) da EJA. Com isto, o estudo adquiriu o desenho de uma dissertação, em relação à formação permanente de professores da EJA e assuntos relacionados em especial à juvenilização nesta modalidade. Como professores(as)-pesquisadores(as), desde o início do processo de formação até o último dia, foi possível constatar que todos(as) tinham conhecimento da realidade de seus estudantes, dos momentos complexos e delicados de cada estudante em sua família, no seu bairro, no seu trabalho e vulnerabilidade social. Educar(se) na EJA requer sensibilidade, diálogo, amorosidade, reflexão e humildade para a auto/trans/formação, como condição e possibilidade de práxis pedagógicas humanizadoras.