O imaginário e os saberes de pedagogas professoras universitárias: (re)contando histórias de vida
Abstract
A presente pesquisa está inserida na Linha de Pesquisa: Formação, Saberes e desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria. Para a sua realização escolhi como sujeitos colaboradores e entrevistei quatro pedagogas, professoras universitárias, dos cursos do Centro de Educação da UFSM. Utilizei um roteiro de entrevista semi-estrturado para obter as suas histórias de vida. Ouvir as professoras pedagogas justificou-se, também, por entender a importância dessas profissionais na conjuntura em que se encontra a educação superior em nosso país. As questões que mais me desassossegam e que utilizei na pesquisa foram as seguintes: Como acontece a formação das professoras pedagogas que atuam nos cursos do Centro de Educação da UFSM?Como é o Imaginário instituído e instituinte dessas professoras sobre o ser professora na educação superior? Na concepção dessas professoras, quais são os saberes constitutivos da sua profissão?Como os saberes pessoais contribuem para que os professores se tornem o profissional que é/deseja ser? Tentei verificar o imaginário instituído e instituinte das professoras sobre o ser professora na educação superior e os saberes constitutivos da profissão docente; além de conhecer, através da história de vida oral e das escritas autobiográficas, a trajetória percorrida pelas professoras em seu processo formativo; investigar a formação das professoras pedagogas que atuam nos cursos do CE da UFSM, buscando compreender como esse processo repercute na prática e no espaço onde estas profissionais estão inseridas; contribuir com material para o banco de dados da pesquisa Laboratório de Imagens: significações da docência na formação de professores . A pesquisa pretendeu, principalmente, fazer uma aproximação com a realidade existente. Lembro-nos que não tive, em momento algum, o objetivo de fazer críticas às professoras universitárias. Percebi que a formação dessas professoras é um processo contínuo, pessoal e intransferível que não termina jamais. As questões que encontrei, pesquisando os saberes pessoais das professoras, dizem muito mais respeito as minhas aprendizagens, pois esta é uma pesquisa capaz de proporcionar a autoformação e não encontrar conclusões estanques. Destaco a importância desta autoformação que também foi vivenciada pelas professoras. Penso que uma pesquisa é sempre algo não conclusiva, não exclusiva e não definitiva. O ideal é que outras possam surgir a partir desta. Este estudo permite a leitura de outras práticas e suscitam novos caminhos a serem pesquisados.