Cinema e educação: os professores, seus imaginários e suas relações com o audiovisual
Fecha
2015-06-12Metadatos
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Esta pesquisa intitulada Cinema e educação: os professores, seus imaginários e suas relações com o audiovisual está inserida na linha de pesquisa LP1 Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. A presente dissertação pretendeu investigar quais os imaginários construídos sobre a sétima arte e seu uso na escola e, como o cinema está sendo retratado nas práticas educativas de professores do Instituto Federal de Tocantins (IFTO) Campus Araguaína. Para embasamento teórico, deste estudo, enfocamos autores que tratam de formação de professores, cinema e educação e imaginário social, dentre os quais estão: Castoriadis (1982), Oliveira (2012); Duarte (2002), Fresquet (2013), Imbernon, Nóvoa (2009), Deleuze (1985) e Bergala ( 2008). A abordagem teórico metodológica utilizada é a qualitativa. Como instrumento e procedimento de coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco docentes do Curso de Informática Integrado ao Ensino Médio, a fim de se compreender as possibilidades de utilização do cinema no espaço escolar, suas representações sobre o cinema nacional e suas concepções sobre cinema e conhecimento. Os dados coletados foram explorados com o apoio da análise temática de Bardin (1977). Os resultados permitem a inferência de quatro eixos temáticos: cinema na vida, cinema no espaço escolar, cinema nacional e cinema e conhecimento. Constatou-se que os professores veem no cinema um aliado, um instrumento de grande relevância na construção e enriquecimento do conhecimento, porém, muitos ainda não conseguem utilizar o cinema em toda sua potencialidade. A grande maioria dos professores não tiveram uma formação específica para trabalhar com o cinema, não participaram de simpósios, congressos, fóruns sobre a temática. Sendo assim, uns buscam mais, outros menos, ir aprendendo no cotidiano, como desenvolver suas práticas envolvendo o cinema. Verificou-se que o cinema nacional é pouco conhecido e, consequentemente, pouco valorizado. Também foi visto na pesquisa que pode ser ampliado o uso do cinema, a partir do potencial da sétima arte na formação das novas gerações. Dessa forma, evidencia-se nesse estudo que é essencial que sejam viabilizados cursos de formação continuada no Campus, onde se desenvolva trabalhos, enfatizando o cinema como arte, como criação, no desenvolvimento da alteridade, na ampliação dos imaginários e dos saberes. Acredita-se que partir dessas atividades torne-se viável a construção do conhecimento também pelo viés cinematográfico, possibilitando-se o (re)pensar das práticas educativas. Desse modo busca-se ver o cinema como potencia criadora e não apenas como recurso pedagógico de entretenimento ou de ilustração de conteúdo.