A química na EJA: ciência e ideologia
Abstract
O cenário contemporâneo de desemprego massivo e de intensificação da precarização do trabalho tem levado para o interior dos cursos de Educação de Jovens e Adultos o imaginário de que a escolarização média é fundamental para a
qualificação profissional e a conquista de (melhores) empregos. O objetivo deste trabalho é problematizar o currículo da disciplina de Química frente ao interesse destes jovens e adultos em se qualificarem para o mundo do trabalho. Para isso utilizamos a teoria do currículo de Michael Apple e as contribuições da Teoria Social Marxiana de Gramsci como instrumentos teórico-metodológicos a fim de
investigarmos os aspectos hegemônicos nos quais o currículo está imerso. Tomando o currículo como espaço de disputa pela hegemonia social, concluímos que é promissor explorar a abordagem histórica do conhecimento químico como elemento
mediador de práticas educativas contra-hegemônicas