Avaliação da coastcross-1 inoculada com Azospirillum brasilense
Resumo
Pesquisas com o uso de inoculantes contendo bactérias promotoras do crescimento vegetal vêm aumentando ao longo dos anos, devido a preocupações com a poluição e o elevado custo dos fertilizantes. Desta forma, nesta pesquisa objetivou-se avaliar a produção de forragem, o valor nutritivo, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) e a recuperação do nitrogênio (N) fertilizante em pastos de Coastcross-1, inoculados com Azospirillum brasilense e submetidos ao regime de corte. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições, em esquema fatorial. Os fatores foram o uso da inoculação (não inoculado, inoculado somente no plantio e reinoculado no segundo ano), doses de N (0, 100 e 200 kg de N/ha/ano) e os períodos do ano em que foram realizados cortes dos pastos. Avaliaram-se no decorrer de dois anos agrícolas a produção de forragem, a taxa de acúmulo de forragem, a massa de forragem, as composições botânica e estrutural do pasto, o teor de proteína bruta, a digestibilidade in situ da matéria orgânica e os nutrientes digestíveis totais da Coastcross-1. As produções de forragem, nos pastos sem aplicação de N, no primeiro ano, foram de 9,1; 11,7 e 11,7 t de MS/ha, e no segundo ano de 8,6; 11,2 e 11,5 t de MS/ha, para o fator inoculação, respectivamente. A participação média da Coastcross-1 nos pastos sem adubação nitrogenada foi de 47,9; 58,5 e 62,7%, respectivamente para o fator inoculação. Houve redução nos teores de proteína bruta da Coastcross-1, quando o pasto adubado com 200 kg de N/ha/ano foi inoculado. Há aumento na produção de forragem e na participação da Coastcross-1 com a inoculação na implantação dos pastos, quando não há aplicação de N, sendo que, a reinoculação não é necessária. Para a avaliação da FBN e da recuperação do N, foram considerados dois tratamentos para cada variável. As coletas foram realizadas durante um ano agrícola. Para a estimativa da FBN os tratamentos foram: a Coastcross-1 inoculada no plantio e a Coastcross-1 não inoculada, ambas sem adubação nitrogenada. O N biologicamente fixado foi de 53,8 e 23,0 kg/ha/ano para Coastcross-1 inoculada e não inoculada, respectivamente. A inoculação eleva a FBN na Coastcross-1 não submetida à adubação nitrogenada. Para a estimativa da recuperação do N aplicado os tratamentos foram: a Coastcross-1 inoculada no plantio e a Coastcross-1 não inoculada, ambas submetidas à adubação com 100 kg de N/ha/ano. A recuperação isotópica de N foi de 16,5 e 13,7 kg/ha/ano para Coastcross-1 inoculada e não inoculada, respectivamente. A inoculação aumenta a recuperação do N fertilizante aplicado pela Coastcross-1. A elevação da produção de forragem em pastos não submetidos à adubação nitrogenada causada pela inoculação tem relação com o aumento da FBN.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: