Obtenção do concentrado proteico de linhaça e sua aplicação na nutrição do jundiá
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2018-12-13Metadatos
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Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de dietas contendo níveis crescentes de substituição da proteína da farinha de peixe (FP) pela proteína do concentrado proteico de linhaça (CPL) sobre o crescimento, deposição de nutrientes, índices somáticos, atividade de enzimas digestivas, respostas metabólicas e contagem de células caliciformes de jundiás (R. quelen). O CPL obtido através da metodologia do pH isoelétrico dos aminoácidos apresentou menor teor proteico (p<0,05) mas maior digestibilidade proteica (p<0,05) que a farinha de peixe. Posteriormente, o CPL foi incluído em níveis (0, 10, 20, 30 ou 40%) de substituição da proteína da FP nas dietas. Durante 60 dias experimentais, 500 jundiás, com peso médio inicial de 6,13 ± 0,97 g foram distribuídos em 20 tanques (70L), alimentados com cinco dietas experimentais em quatro repetições. Para análise estatística, os dados foram submetidos a teste de normalidade (Shapiro-Wilk), análise de variância (ANOVA), sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey (5% de significância) e análise de correlação. Foram avaliados parâmetros de crescimento, índices somáticos, deposição corporal de nutrientes, atividades de enzimas digestivas tripsina e quimotripsina, bem como parâmetros metabólicos em plasma e fígado e a contagem de células caliciformes. A substituição da proteína da FP por CPL não influenciou significativamente (p>0,05) os parâmetros produtivos de deposição corporal e índices somáticos dos peixes. Houve correlação positiva (p<0,05) entre as variáveis de crescimento (ganho em peso, comprimento, taxa de crescimento específico, ganho em peso relativo e biomassa final) e o índice digestivo somátivo, mas, a conversão alimentar apresentou correlação negativa (p<0,05) com essa mesma variável. Quando a proteína da FP foi substituída por 30 ou 40% CPL nas dieta houve aumento (p<0,05) na atividade da enzima quimotripsina, diferindo dos que receberam a dieta com 0% CPL. Os níveis de albumina sérica foram superiores (p<0,05) nos peixes alimentados com a dieta em que foi substituído 20% da proteína da FP por CPL, em comparação aos tratamentos 10 e 30% CPL. Dietas contendo maiores níveis (30 ou 40%) de CPL em substituição a proteína da FP promoveram maior (p<0,05) concentração de aminoácidos livres no plasma. A substituição da proteína da FP por 30% CPL promoveu maior (p<0,05) concentração de proteína hepática diferindo do tratamento sem substituição da proteína da FP. A amônia hepática foi superior (p<0,05) nos peixes alimentados com a dieta 0% CPL, sem diferir dos tratamentos 10 e 40% CPL. Houve aumento na contagem de células caliciformes com a substituição de 30% da proteína da FP por CPL na dieta, quando comparada ao tratamento sem a adição do CPL (p<0,05). Dessa maneira, pode-se concluir que o CPL apresenta qualidade nutricional para substituir a proteína da farinha de peixe em até 40%, pois não altera o crescimento, eficiência de utilização da proteína e gordura para deposição corporal e pode promover efeitos benéficos na renovação celular intestinal.
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