Pelo caminho do amar: Imaginando outros mundos na Educação Infantil a partir de Humberto Maturana e Ximena Dávila
Resumo
Esta Tese de Doutorado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação na Linha de Pesquisa, Docência, Saberes e Desenvolvimento Profissional da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE/UFSM). Nela parto do pressuposto de que somos seres biológico-culturais. Assim sendo, nada acontece fora da nossa biologia, intermediados pela cultura no fluir de nosso viver. Vivemos, aprendemos e criamos novos mundos no viver e conviver. Esta pesquisa é um convite a caminhar juntos, imaginando um novo mundo pelo Caminho do Amar na Educação Infantil. Tive como objetivo investigar as proposições de Humberto Maturana e Ximena Dávila, tendo como horizonte uma formação de professores(as) baseada na emoção do amar como um princípio epistemológico transformador. A metodologia utilizada é inédita e autoral, e teve como base as perspectivas da Biologia-cultural e está organizada em quatro momentos: 1) Conhecer/Observar; 2) Ruminação; 3) Atuação/Ação; 4) Ruminação Recursiva. Este trabalho está divido como um Menu/Degustação de um restaurante: Entrada; Prato Principal; Sobremesa e Cafezinho. A entrada serve para abrir o apetite. Despertar os sentidos e aguçar o paladar para o prato principal. O prato principal conta com o referencial teórico que foi utilizado como subsídio para a construção desta Tese/Degustação. A sobremesa deste banquete foi construída como um doce, que deve ser ingerido vagarosamente, abrangendo a metodologia. O Cafezinho é a hora das reflexões finais. Faço esta analogia, por acreditar que o cozinhar, assim como o educar, precisa de preparação, cuidado e carinho. A ideia é que o leitor deguste calmante cada palavra, saboreie as ideias, imaginando novas possibilidades. Nas degustações/leituras concluí que em nossa vida só possuímos o momento presente, que muda continuamente ao ser vivido. O viver nos acontece num constante fluir, e pode e deve ser saboreado com muito prazer. O viver apenas acontece, sem esforço. Viver é bonito, leve, e colorido, assim como deve ser a escola, porque lá é lugar de descoberta. De alegria. De vida. Escola é o lugar para errar. Escola é o lugar para experimentar novos sabores, odores e texturas. A escola deve ser um lugar de encantamento. Encantamento pelo saber. Sem competições. Sem castigos. Onde professor e aluno dancem, cresçam e aprendam juntos. Onde cada um possa ser o que é. Onde o erro é só mais uma forma de aprender. A criança que não aprende a suavidade do toque, do olhar e do escutar o outro dificilmente será um adulto que tenha essas características. Aprendemos a amar, sendo amados. Aprendemos a escutar o outro, sendo escutados. Aprendemos a respeitar, sendo respeitados. O adulto que não sabe amar, tocar, ouvir e sentir o outro, é porque não teve essas vivências quando criança. Desaprenderam ao crescer, a amar, sentir, tocar e a se expressar com sinceridade e espontaneidade.
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