Grupo de orientação a pais de crianças com autismo: contribuições da psicologia para o contexto escolar

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Fecha
2019-08-20Primeiro membro da banca
Cia, Fabiana
Segundo membro da banca
Camargo, Siglia Pimentel Höher
Terceiro membro da banca
Pavão, Sílvia Maria de Oliveira
Quarto membro da banca
Costas, Fabiane Adela Tonetto
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um condição que compromete o
neurodesenvolvimento através de déficits nas habilidades sociocomunicativa e
comportamental. Padrões repetitivos de comportamento e dificuldade de socialização e
comunicação formam uma díade que leva a uma série de prejuízos cotidianos em suas vidas.
Quando os responsáveis desconhecem estratégias de intervenção/amenização/prevenção de
problemas de comportamento os cuidados tendem a sobrecarrega-los. As pesquisas atuais em
intervenção com crianças têm destacado a importância da família, mudando o enfoque do
sujeito para seu ambiente imediato, incluindo a participação ativa dos seus pais e da escola. Os
problemas de comportamento exibidos em casa tendem a ocorrerem também nas escolas, onde
podem se constituir como barreiras à participação e aprendizagem, obstruindo o acesso deste
aluno ao currículo. Portanto, a minimização destes problemas poderia, além de amenizar o
impacto sobre os pais, auxiliar a escola no processo de inclusão educacional destes alunos. O
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção com um grupo de pais de crianças
com autismo sobre os problemas de comportamento da criança e a percepção docente no
contexto escolar. A intervenção em grupo ocorreu em oito encontros, com duração de 2 horas,
ocorrendo semanalmente, sendo conduzido por um coordenador e um co-coordenador do
projeto. O delineamento utilizado foi de cunho quase experimental com medidas pré e pós
intervenção. A amostra foi composta por sete participantes. Inicialmente os pais preencheram
uma ficha de dados demográficos e questionário de problemas de comportamento (versão pais),
seguido pelo Inventário de comportamentos para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos
(CBCL/6-18). Os professores foram contatados antes de iniciar a intervenção e preencheram
um questionário sobre problemas de comportamento (versão professores). Ao final da
intervenção, estes foram administrados novamente, juntamente com um questionário sobre
satisfação dos cuidadores com o programa. As temáticas abordadas nos encontros foram
derivadas da demanda identificadas junto aos pais no primeiro encontro do grupo, e foi
dinamizada a partir de estratégias de manejo de comportamento que podem ser utilizadas no
dia a dia. Os encontros foram estruturados de maneira que todos os participantes possam
interagir, trocar experiências e praticar as intervenções, baseada nos princípios práticos da
Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Os resultados, demonstraram uma diminuição dos
problemas de comportamento após a intervenção, na percepção dos pais e dos professores. Na
percepção dos pais, a melhora foi mais significativa, enfatizando a importância do trabalho com
pais em parceria com os docentes para amplificar os benefícios. Os pais também revelaram
estar muito satisfeitos com o grupo de orientação, evidenciando a validade social da intervenção.
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