Citral como aditivo na ração para peixes marinhos com diferentes hábitos alimentares: enzimas digestivas e parâmetros zootécnicos e metabólicos
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Fecha
2020-03-30Primeiro coorientador
Cerqueira, Vinicius Ronzani
Primeiro membro da banca
Garcia, Luciano de Oliveira
Segundo membro da banca
Tesser, Marcelo Borges
Terceiro membro da banca
Salaro, Ana Lúcia
Quarto membro da banca
Lopes, Jane Mello
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Óleos essenciais, cujo composto majoritário é o citral, vêm apresentando bons resultados quando
utilizados como aditivos na alimentação para peixes. Esse trabalho testou o citral na ração para três
espécies, com três distintos hábitos alimentares, sendo elas: robalo (Centropomus undecimalis;
carnívoro); tainha (Mugil liza; detritívora) e sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis; onívora). Os
níveis utilizados foram: 0,0 (controle), 0,5, 1,0 e 2,0 mL de citral por kg de ração. O citral utilizado
nas diferentes rações era uma mistura comercial contendo α-citral=60.15% e β-citral=39.85%. Os
dois primeiros experimentos (robalo e tainha) tiveram um período de 45 dias de alimentação e não
apresentaram mortalidade, mas com resultados muito distintos. Para o robalo, o citral na menor
concentração foi prejudicial, sendo que o tratamento com 0,5 mL de citral por kg de ração apresentou
o menor ganho de peso e taxa de crescimento específico, e a maior conversão alimentar. A atividade
da pepsina foi significativamente maior no estômago dos robalos alimentados com 0,5 mL de citral
por kg de ração e a atividade da amilase foi maior no intestino dos peixes alimentados com 1.0 mL de
citral por kg de ração em comparação ao grupo controle. A atividade da lipase intestinal foi maior em
todos os grupos alimentados com citral em comparação ao grupo controle. As atividades de
quimotripsina e tripsina não mostraram diferença significativa entre os grupos. O maior nível de citral
na dieta (2,0 mL de citral por kg de dieta) da tainha, levou a maior ganho de peso em relação ao
tratamento controle. Os peixes alimentados com 2,0 mL de citral por kg de ração apresentaram maior
atividade de pepsina no estômago e amilase no intestino que os peixes controle. No entanto, o citral
adicionado na dieta não apresenta uma relação dose-resposta com nenhum dos parâmetros testados. O
experimento conduzido com a sardinha-verdadeira em situação estressante devido às mudanças
bruscas na luminosidade apresentou mortalidade em todos os tratamentos e teve uma duração de 20
dias. A sobrevivência foi maior nos tratamentos contendo citral. Apesar de melhorar a atividade de
algumas enzimas digestivas, nenhum efeito benéfico da suplementação com citral foi observado no
crescimento dessa espécie. Conclui-se que o citral age de forma diferente nas espécies testadas e
recomendamos seu uso como aditivo na dieta para tainha e sardinha-verdadeira.
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