A educação na Guiné-Bissau: perspectivas na atualidade o ensino básico em questão

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Data
2019-07-26Primeiro membro da banca
Frantz, Walter
Segundo membro da banca
Zientarski, Clarice
Terceiro membro da banca
Cunha, Jorge Luiz da
Quarto membro da banca
Veiga, Adriana Moreira da Rocha
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente estudo, cujo tema é Educação na Guiné-Bissau: Perspectivas da Atualidade, tendo-se um realce sobre o papel do ensino básico, teve como propósito, destacar o papel e a finalidade da educação para o desenvolvimento sociocultural e econômico da Guiné-Bissau independente, tendo em consideração a superação de seu passado colonial e o enfrentamento dos desafios da atualidade. Isto porque, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, durante a luta de libertação nacional pela independência do país, imprimiu nas escolas criadas nas regiões libertadas, um novo tipo de educação, assente num ideário de liberdade e dignidade da pessoa humana, do progresso solidário e de justiça social, em poucas palavras, uma Educação Libertadora, e que evidentemente pretendia estendê-lo às escolas de todo o país após a independência, uma educação contrária àquela imposta às populações locais pelos colonialistas portugueses, durante séculos de dominação e exploração. Tendo como questão de pesquisa: que alternativas educativas para o ensino básico são possíveis para a superação das influências da educação colonial na atualidade que respondam aos anseios de um país que busca afirmar sua identidade? Objetiva-se, portanto, explicitar a relação entre o projeto de desenvolvimento global da sociedade e seu projeto de ensino básico. Para o desenvolvimento desta pesquisa, `foi utilizado o método de Estudo de Caso, o qual se identifica como pesquisa qualitativa e, a coleta de dados, foi realizada através da pesquisa teórica, utilizando obras e documentos sobre a realidade do país, bem como através da Análise de Conteúdo realizou-se a análise dos dados coletados. Disto conclui-se que, apesar de 45 anos de país independente, até ao momento atual não se conseguiu um Ensino Básico que atingisse a toda a população, nem em termos de quantidade, nem de qualidade. Isto porque, vários fatores, nomeadamente, as fragilidades políticas e econômicas do país, a falta recursos humanos qualificados e suficientes para identificar os principais problemas e desafios da educação e definir estratégias de ação, a falta de infraestruturas e de recursos financeiros, fizeram com que todas as iniciativas, projetos e programas de desenvolvimento do país ficassem na dependência quase total da ajuda externa, inclusive, para fazer funcionar a própria máquina pública. Além do mais, a permanente instabilidade política foi e continua sendo um grande entrave para o funcionamento dos poderes da República, e a construção de um sistema educacional e de um ensino básico que responda pelas necessidades sociais e de desenvolvimento do país. Aposta-se, por isso, que para superar a influência da educação colonial e construir um sistema educativo e um ensino básico que responda aos anseios da afirmação da identidade do país, primeiramente, a Guiné-Bissau deverá construir uma Paz Social permanente e a Boa Governação, por estes serem indispensáveis para que a confiança interna e externa sejam restabelecidas, sendo também a base ou ponto de partida para o estabelecimento do círculo virtuoso de que necessita. Trata-se não somente de estabelecer de forma permanente instituições autenticamente republicanas, mas também de dotar a Administração Pública de capacidades para conduzir as profundas transformações desenhadas durante a luta e após a independência e ainda não concretizadas.
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