Facce: um framework para avaliar a carga cognitiva na educação
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Data
2021-12-15Primeiro membro da banca
Filatro, Andrea Cristina
Segundo membro da banca
Fernandes, José Artur Barroso
Terceiro membro da banca
Carvalho, Marie Jane
Quarto membro da banca
Bernardi, Giliane
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Com o grande avanço da tecnologia para a educação, há de se considerar a maneira como ocorre a oferta do conhecimento nas esferas digitais e a sua interferência na aprendizagem do estudante, uma vez que apenas transpor os mesmos recursos do ensino presencial para o ensino on-line não condiz com as necessidades impostas por essa nova modalidade. Um dos aspectos que podem ser considerados para a qualificação da educação on-line é a carga cognitiva exigida para a apresentação de conteúdos e a organização de ambientes tecnológicos, que está relacionada ao esforço mental do estudante envolvido no processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, o problema de pesquisa foi: O que pode auxiliar professores e instituições na identificação de cargas cognitivas elevadas e permitir melhor balanceamento destas para que o estudante alcance os objetivos de aprendizagem de modo mais concreto? Pensando nisso, a proposta desta tese é: Instrumentalizar a avaliação da carga cognitiva na Educação. Para atingir esse objetivo, primeiramente, foi realizada uma aproximação das ideias e conceitos a fim de identificar as convergências entre a Teoria da Carga Cognitiva, a Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, as Diretrizes do Aprendizado Eletrônico e os Princípios de Usabilidade de Interfaces. A partir da identificação dessas convergências foi possível apontar aspectos para o balanceamento da carga cognitiva na educação sendo os mesmos dispostos em duas categorias: apresentação de conteúdos e organização de ambientes tecnológicos. Com base nesses aspectos, construíram-se dois checklists de modo a instrumentalizar a avaliação da carga cognitiva que, integrados a todas as informações teóricas estudadas, compuseram o Framework FACCE, hospedado na internet para garantir maior visibilidade da ferramenta. De modo a identificar indícios de qualidade da ferramenta, foram realizadas duas avaliações. A primeira avaliação utilizou a técnica do Percurso Cognitivo sendo aplicada com três especialistas em design de interfaces a fim de identificar possíveis dificuldades de interpretação no uso do Framework. Algumas das inconsistências identificadas nessa avaliação foram alteradas com a finalidade de manter a regularidade de uma interface para outra, melhorar o feedback apresentado e melhorar a legibilidade da informação. A segunda avaliação foi realizada com treze participantes em ambiente controlado, onde executaram interações com a ferramenta através de um roteiro previamente estipulado. Ao final, eles responderam ao questionário da escala SUS, identificando problemas relacionados à Aprendizagem, Satisfação, Erros, Memorização e Eficiência. Após as análises, o Framework FACCE atingiu 88,26 pontos, sendo classificado como “melhor imaginável” entre os níveis de qualidade da usabilidade da interface. Os resultados apontaram que a ferramenta teve boa aceitabilidade por parte dos envolvidos, sendo descrita como fácil de usar, fácil de aprender, com pouco ou nenhum erro ou inconsistência e boa regularidade entre as interfaces. Por fim, destaca-se que os participantes alegaram ter construído novas aprendizagens diante da interação com a ferramenta e que pretendem usá-la com frequência em suas atividades profissionais. Com isso, é possível concluir que o Framework tem grande potencial entre o público-alvo e pode oferecer maior condição de qualidade da oferta da educação quando utilizada.
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