Co-encapsulação de Lactobacillus rhamnosus e compostos antociânicos extraídos do mirtilo (Vaccinium myrtillus)
Fecha
2021-01-22Primeiro coorientador
Barcia, Milene Teixeira
Primeiro membro da banca
Silva, Thaiane Marques da
Segundo membro da banca
Nunes, Graciele Lorenzoni
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O consumo regular de probióticos e alimentos ricos em antioxidantes como o mirtilo é reconhecidamente benéfico para a manutenção da saúde. Esse efeito é atribuído às propriedades terapêuticas dos microrganismos probióticos e à presença dos compostos fenólicos do mirtilo. No entanto, a estabilidade físico-química e biodisponibilidade destas substâncias ativas têm representado um grande desafio para a indústria de alimentos. A encapsulação consiste na técnica de envolver materiais sólidos, líquidos ou gasosos em pequenas cápsulas que liberam seu conteúdo sob condições controladas. Esta tecnologia tem sido empregada para viabilizar a proteção destes compostos nos alimentos, além de melhorar a sua utilização promovendo a entrega bem-sucedida destas substâncias bioativas no trato gastrointestinal. Desta forma, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar se a co-encapsulação de diferentes concentrações de extrato de mirtilo teria efeito positivo sobre a sobrevivência das bactérias probióticas de Lactobacillus rhamnosus. As microcápsulas foram produzidas por spray drying, utilizando como agentes encapsulantes inulina, goma arábica e maltodextrina. As concentrações utilizadas foram de 0% (cápsula controle; ME-0%), 10% (ME-10%), 50% (ME-50%) e 100% (ME-100%) de extrato de mirtilo. Posteriormente, as microcápsulas foram avaliadas quanto a morfologia, tamanho e distribuição de partícula, eficiência de encapsulamento, conteúdo de antocianinas, cor, resistência ao tratamento térmico, simulação do sistema gastrointestinal e viabilidade ao armazenamento. Obteve-se uma eficiência maior que 80% de encapsulação. O tamanho médio das microcápsulas ficou entre 1,74 ɥm e 6,29 ɥm e o formato apresentado foi esférico e com presença de concavidades. As microcápsulas com maior concentração de extrato de mirtilo apresentaram maior resistência dos Lactobacillus rhamnosus a tratamentos térmicos, maior liberação destes no intestino durante a passagem pelo sistema gastrointestinal simulado, bem como maior vida útil durante o armazenamento. Por fim, os resultados deste estudo mostraram que a co-encapsulação de extrato de mirtilo melhorou a viabilidade, e consequentemente, a sobrevivência de Lactobacillus rhamnosus, demonstrando o efeito protetor do extrato de mirtilo para a cultura probiótica microencapsulada em spray drying. Além disso, a encapsulação de bactérias probióticas juntamente com extratos de frutas fora pouco estudado.
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