Corpo-ateliê: memórias performadas por um professor-artista
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Date
2022-11-22Primeiro membro da banca
Hartmann, Luciana
Segundo membro da banca
Neuscharank, Angelica
Terceiro membro da banca
Mossi, Cristian Poletti
Quarto membro da banca
Pereira, Marcelo de Andrade
Metadata
Show full item recordAbstract
Esta tese opera uma escrita com imagens e ao compor blocos de sensações
(DELEUZE; GUATTARI, 2010), produz entradas e faz proliferar a vida em meio a este
estudo. Acolhe enquanto método a investigação-criação que faz brotar processos
que se inscrevem no corpo diante dos deslocamentos, das experimentações, dos
pensamentos, dos lugares, nas intercessões dos corpos, fazendo existir modos de
obrar com a docência, a arte e a pesquisa em meio às intensidades da vida. É um
corpo que investiga a partir das memórias forjadas no percurso da docência, além de
problematizar o que podem as memórias, ou como elas retornam ao corpo, e que
intensidades/ atravessamentos são provocados nesses processos educativos. Nesse
caminho, parte-se de um estado corporal que, enquanto performatividade, o
professor-artista pensa e produz suas aulas através de acionamentos de memória e
processos de criação. Esses modos de existir atravessam o corpo deste professorartista e, fazem disparar a seguinte indagação: como professor-artista, o que pode
um corpo-ateliê ao performar-se por memórias? Ao compor essa escrita com
imagens, a noção de corpo é afetada pelo pensamento espinosista (SPINOZA, 2021);
o corpo do pesquisador é impulsionado pela noção de corpo-sem-órgãos (DELEUZE,
2002) a criar um corpo-ateliê que é lançado às memórias e arrastado a um passado
que se prolonga no presente, assim, apostando no conceito de memória como
duração (BERGSON, 1999). Desse modo, o emaranhado das experimentações
operadas na pesquisa produz atravessamentos, que inscrevem um pensamento e
versam sobre o que pode a noção de corpo-ateliê quando este professor-artista
estuda, lê, dança, vibra, compõe, tenciona suas aulas: vive... escreve sobre linhas de
intensidade que entrecruzam esta investigação-criação e instigam o corpo a querer
experimentar e a alcançar limites e forjar novas combinações diante dos
esgotamentos (DELEUZE, 2010). No campo da educação e da arte, ao tratar ‘os dados’
da memória e experiência, aliado a esse escopo filosófico do tempo, é possível
compor planos, instâncias e modos de se pensar e problematizar o currículo, a
produção dos/das estudantes, compor outra organicidade no tempo-espaço da aula.
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