Degradês de conectividade: infraestrutura de internet e desigualdades territoriais da midiatização
Fecha
2023-03-27Primeiro membro da banca
Pasti, André Buonani
Segundo membro da banca
Brandalise, Roberta
Terceiro membro da banca
Ferreira, Jairo Getulio
Quarto membro da banca
Kegler, Jaqueline Quincozes da Silva
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A infraestrutura de Internet tematiza a presente tese. Destacamos seus aspectos sociais,
especialmente as características e desigualdades de sua infraestrutura como condicionante do
processo de midiatização. O problema de pesquisa está exposto na seguinte questão: como se
relacionam espacialidades e infraestruturas midiáticas ao serem tomadas como elementos que
expressam e reforçam desigualdades e colonialidades? A tese tem como objetivo geral rastrear
agentes e levantar dados e problemáticas relacionados à espacialidade e à infraestrutura de
Internet. Os objetivos específicos buscam articular conhecimento capaz de atualizar e
problematizar a generalização da conexão à Internet e o debate sobre inclusão digital. Outro
objetivo específico é o de questionar a noção comum de que a Internet é ubíqua e problematizar
sua pretensão universalizante. O objeto empírico de estudo define-se pela infraestrutura
localizada de Internet. Empiricamente, trabalhamos com dados de múltiplas fontes acerca da
conectividade e do acesso à Internet no Brasil. A tese se justifica ao considerarmos que a
Internet constitui um ambiente de comprovado potencial para o desenvolvimento, ao mesmo
tempo demonstra ambiguidades. Sua relação expansiva com a sociedade deve ser nuançada e
criticada. Também buscamos realizar considerações que sirvam para a instrução e qualificação
da postura de entidades, da crítica à tecnologia, da fiscalização do setor privado, da governança
da Internet, de políticas públicas, de ações de inclusão digital e de educação e conscientização.
Buscamos definir nossa tese através do seguinte enunciado: a infraestrutura de Internet é
condicionada por questões territoriais, políticas, técnico-científicas e mercadológicas. Como
produtora de uma paisagem não inovadora das diferenças territoriais, a expansão material da
Internet é motivada por interesses subjacentes que se articulam muito além da oportunidade e
da demanda e em decorrência da relação modernidade/colonialidade. Apresentamos índices e
mapas elaborados e analisados e que se referem à infraestrutura da Internet brasileira. Também
é analisada a história e a gestão dos cabos submarinos que conectam o Brasil com o mundo.
Metodologicamente, trata-se de um estudo de infraestrutura midiática alinhado aos estudos
críticos em Difusão de Inovações. Os estudos de infraestrutura possuem uma sensibilidade
multimetodológica derivada dos estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Assim,
dialogamos com aspectos da Teoria Ator-Rede e da semiótica material. Aliamos a tal
perspectiva aspectos de análise de políticas públicas e análise documental. Os mapas e índices
desenvolvidos consideram dados como taxas de download, disponibilidade de banda larga,
entre outros. Dados de conectividade das regiões e municípios brasileiros são comparados,
demonstrando distinções entre cidades adjacentes e remotas, urbanas e rurais e diferentes
regiões do país. Identificamos e comentamos o grande avanço em infraestrutura de Internet
registrado na Região Centro-Oeste e na fronteira agrícola amazônica entre 2020–2022. De tais
observações se discutem aspectos de exclusão digital, colonialidade, midiatização,
globalização, modernização, identidades territoriais ou história das comunicações.
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