Espaços friccionais: contato-improvisação como inspiração e locus dialógico na formação [in-comum] de professoras da educação básica
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Data
2023-08-10Primeiro membro da banca
Paludo, Luciana
Segundo membro da banca
Falkembach, Maria Fonseca
Terceiro membro da banca
Gonçalves, Michelle Bocchi
Quarto membro da banca
Feijó, Márcia Gonzalez
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa aborda o contato corporal como possibilidade de diálogo
entre grupos de professoras do Ensino Básico, que ministram disciplinas diversas, e,
desse modo, problematiza questões de cunho relacional e pedagógico. O principal
objetivo desta pesquisa foi: compreender o modo como o contato corporal, por meio
da prática do Contato-Improvisação, pode ser um dispositivo problematizador do
fazer docente de professoras da rede de ensino. Nesse sentido, os objetivos
específicos deste estudo congregavam: proporcionar a grupos de professoras da
rede de ensino da cidade de Balneário Camboriú-SC um espaço de experimentação
de aspectos da prática de Contato-Improvisação; promover debates acerca de
questões que perpassam a atividade docente e que surgiram a partir do momento de
prática do CI; analisar possíveis reverberações deste espaço de troca nas atividades
docentes das participantes que fizeram parte dos grupos de práticas e com isso,
então; refletir, de modo teórico-prático, sobre a docência, a partir do contato e do
diálogo entre os corpos. No que tange à Metodologia, esta pesquisa, de abordagem
qualitativa, apresenta-se como inspirada em um estudo de caso, utilizando
instrumentos mistos de produção de dados, dentre os quais destacam-se a
observação e a participação direta. A produção de dados do presente estudo é
efetivada, aqui, com foco no diálogo por meio do corpo – durante os cursos de
formação – como ponto de emergência de possíveis questões pertinentes ao
universo da docência. A fim de levar a termo uma compreensão mais precisa e
apurada dos diversos elementos da pesquisa, a qual debruçou-se no
desenvolvimento de uma proposta de formação [in-comum] de professoras, são
tomados como operadores teóricos as seguintes autoras e autores: Elyse Lamm
Pineau (2010), Fernanda Carvalho Leite (2005), Giorgio Agamben (2018), Marcelo
de Andrade Pereira (2017), Gilberto Icle (2010, 2011), Steve Paxton (1975), José Gil
(2004), Marcia Berselli (2015), Sandra Meyer Nunes (2009), Byung-chul Han (2015),
Paulo Freire (1967, 2005), Bell Hooks (2013), Maria Falkembach (2019), dentre
outras e outros. Concluiu-se que este estudo foi capaz de contribuir para o campo
educacional, artístico e dos estudos do corpo, sendo capaz de oferecer um espaço
de descobertas e reflexões relevantes sobre corpo, diálogo e docência. Nesse
sentido, pontuo como um dos principais resultados, dentre outros, a constatação –
que emergiu justamente das participantes da pesquisa – de que a escola é, ainda,
um espaço que pouco possibilita condições para a vivência/manifestação do corpo
como espaço de produção de conhecimento.
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