Ocorrência de fungos e micotoxinas em milhos de diferentes regiões do Equador
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Data
2024-02-20Primeiro membro da banca
Rocha, Liliana de Oliveira
Segundo membro da banca
Sartori, Daniele
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O milho é um dos cereais mais produzidos em todo o mundo, usado principalmente na alimentação animal e humana, sendo considerado uma importante fonte de carboidratos e aminoácidos. Devido às condições climáticas e a sua composição, os cereais são alvo frequentes de infecção fúngica, e estes micro-organismos ou seus metabólitos podem acarretar problemas econômicos, sanitários e de desperdício pela perda de qualidade do milho. Este estudo teve por objetivo analisar a ocorrência de fungos e micotoxinas presentes em milho cultivado em diferentes regiões do Equador. Foram avaliadas 30 amostras de milho oriundos da costa e serra do Equador, onde 24 grãos pertencentes a cada amostra foram desinfetados em uma solução de hipoclorito de sódio a 0,4% e após dispostos em placas de Petri contendo Ágar Dicloran Glicerol 18% (DG18) e incubadas em temperatura de 25 °C por 7 dias. As espécies fúngicas foram isoladas e identificadas conforme protocolos clássicos recomendados pela Comissão Internacional de Micologia de Alimentos. As análises de multi- toxinas foram feitas por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS). O estudo revelou que 93,3% das amostras analisadas (28/30) apresentaram infecção fúngica, principalmente pelos gêneros Fusarium e Aspergillus, potenciais produtores de micotoxinas. As micotoxinas estavam presentes em 90% (27/30) das amostras avaliadas. Foram detectadas 5 classes de micotoxinas conforme predominância foram: fumonisinas (66,6%), zearalenona (30%) e aflatoxinas (16%), tricotecenos do grupo B (13,3%) e ocratoxina (3,3%). Para a co-ocorrência de micotoxinas, em uma amostra do milho equatoriano foram detectadas até três classes de micotoxinas, já em outras duas amostras houve presença de fumonisinas, tricotecenos B e zearalenona, e em outra o conjunto de aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona. Os resultados obtidos fornecem importantes e inéditas informações sobre a qualidade micológica e micotoxicológica do milho equatoriano, compostos estes que representam um perigo à saúde dos consumidores de produtos à base de milho e cadeia correlata.
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