"Critico a publicidade e vivo dela": Cartografia de movimentos contra-hegemônicos internos ao campo da publicidade
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Fecha
2024-02-28Primeiro membro da banca
Wottrich, Laura
Segundo membro da banca
Mafacioli, Cristiane
Terceiro membro da banca
Leite, Francisco
Quarto membro da banca
Covaleski, Rogério
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta tese está centrada no campo da publicidade, e na análise do comportamento de
profissionais de publicidade que tensionam o próprio campo no sentido de uma revisão de
determinadas práticas que não dialogam com o espírito do tempo contemporâneo.
Construímos nosso rizoma a partir do pensamento Deleuziano, na busca de responder o
problema seguinte: Quais são e como se organizam movimentos contra-hegemônicos no polo
de produção do campo da publicidade e como estes estão influenciando (e sendo
influenciados) pelo habitus profissional vigente? Para elaborar teoricamente este problema,
nos valemos da obra de Bourdieu com suas noções de campo, capitais e habitus, o que nos
permitiu visualizar a estrutura na qual profissionais estão inseridos. As relações de poder
foram analisadas sob a ótica de Foucault, Deleuze e Bourdieu. E por fim, as noções de
hegemonia e contra-hegemonia estão postas a partir de Antônio Gramsci e Raymond
Williams, respectivamente. Metodologicamente realizamos uma cartografia que dispõe de
técnicas de produção e coleta de dados variadas, mas destacam-se as etapas quantitativas, em
questionário estruturado aplicado com 825 profissionais do campo, trazendo 95% de
confiabilidade dos dados. Além de uma etapa qualitativa, com entrevistas em profundidade
com 5 profissionais do campo, identificados por esta postura contra-hegemônica que estamos
descrevendo. Nesta tese foi possível identificar características desestabilizadoras do habitus
e, também, uma lista de iniciativas, movimentos e coletivos que revelam essa postura no
campo da publicidade. Essas movimentações contra-hegemônicas estão, na maior parte,
organizadas no sentido de promover transformações em um campo tão carente de revisão na
busca por melhores condições de trabalho. Entre as principais características desta postura
contra-hegemônica encontradas por este estudo destacam-se a vocalização dos problemas; a
crítica sempre negociada em função da empregabilidade e privilégios; e também a
diversidade e pertencimento à grupos sub-representados como ponto agregador de pessoas
críticas.
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